A confirmação de uma intenção manifestada pela gigante da informática no início de dezembro de 2013 veio da parte de Brad Smith, vice-presidente executivo da Microsoft para assuntos corporativos e jurídicos numa entrevista ao Financial Times.

A decisão pretende dar resposta aos receios provocados pela atuação da Agência de Segurança Nacional norte-americana, e pelo programa de espionagem conduzido pela mesma entidade, que Edward Snowden revelou publicamente.

Isto numa altura em que um estudo recente, citado pelo The Wall Street Journal, indica que 27% das empresas de menor dimensão, inquiridas no Reino Unido e no Canadá, estão a transferir os seus dados hospedados nos EUA por causa do escândalo provocado pela NSA.

"Os clientes devem poder escolher entre os vários centros de dados da Microsoft quando compram serviços cloud (…) de modo a evitar leis locais que possam comprometer a privacidade da sua informação", referiu Brad Smith na entrevista ao Financial Times.

A opção de guardar dados corporativos fora dos EUA será dada a clientes não norte-americanos que atuem naquele mercado.

O artigo do Wall Street Journal cita também peritos que alertam para a impossibilidade de a Microsoft poder levar a cabo a sua intenção, por estar obrigada a ceder os dados do seu negócio sempre que o mesmo lhe seja exigido por ordem judicial, independentemente do local onde estejam guardados.

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