Investigadores da Duke University desenvolveram um protótipo de um “nariz robótico” construído a partir de células de ratos vivos que poderá vir a substituir o recurso a cães polícia, de valor inestimável na sua função, mas são dispendiosos de treinar - além de terem direito a  descansar...

Num artigo publicado na Nature Communications, o sistema é descrito como estando baseado em recetores de odores criados a partir de genes de rato que respondem aos mesmos odores que são dados aos agentes caninos para procurar, como o cheiro de cocaína ou explosivos.

“A intenção de criar um nariz artificial existe tem desde há muito tempo”, afirmou Hiroaki Matsunami, professor de fenetica molecular e microbiologia na Duke School of Medicine e um dos autores do estudo . “Os recetores foram identificados no anos 1990, mas existem várias questões técnicas importantes para produzir esses recetores e monitorizar a atividade  para que isso possa ser usado num dispositivo artificial”.

Os “narizes elétronicos” que existem atualmente usam vários componentes químicos para detetar odores em vez das células recetoras”, explicou Matsunami apontando que esses dispositivos não conseguem ser tão bons quanto um cão treinado.

Usando recetores “vivos e reais”, a ideia é conseguir desenvolver um dispositivo com capacidades semelhantes à dos animais. "Ninguém conseguiu isso ainda, mas esta investigação está a fazer-se em direção a esse objetivo".