A evolução dos videojogos, no que diz respeito ao detalhe, efeitos visuais, altas resoluções e fluidez obrigam os componentes de hardware a acompanharem essa expansão. As fabricantes respondem com processadores e placas gráficas mais rápidas para gerir tudo isso. E isso tem um custo, não só monetário relativo ao preço do hardware, mas também com gastos adicionais, tais como a energia necessária para manter as máquinas em funcionamento.
A guerra na Ucrânia fez disparar o preço da energia, tornando-se uma das preocupações atuais, não apenas no sector empresarial, como do próprio consumo. O aumento das faturas de eletricidade está na ordem do dia e as fabricantes tecnológicas começam a olhar para esse problema que pode intensificar-se no futuro.
A AMD pega exatamente nessa perspetiva numa nota no seu blog, salientando que as experiências de gaming avançadas, como o raytracing, sistemas de upscaling, sombras com variáveis, obrigam as arquiteturas a ter um aumento no consumo de energia. Salienta que as placas gráficas já ultrapassam os 400 watts de consumo, arrastando sistemas de refrigeração e dissipação de calor.
Nesse sentido, a fabricante esclarece que repensou e transformou as suas arquiteturas nucleares de raiz, apostando num design melhorado com foco na eficiência energética. Salienta que esse esforço está agora a traduzir-se em toda a sua nova linha de produtos, pretendendo liderar a performance por watt, tornando os seus componentes mais silenciosos e leves, mas sobretudo, diminuindo o consumo energético, e claro, uma diminuição na pegada de carbono. Dando um exemplo, a AMD diz que lidera o espaço de supercomputadores em eficiência, garantindo os quatro primeiros lugares das máquinas de alta-performance mais eficientes.
A jornada da empresa pela eficiência energética não surge de agora. Refere que continua a dar prioridade aos designs de silício mais eficientes e poderosos para gaming e que as três últimas gerações de GPUs AMD Radeon têm melhorado ao nível de performance por watt. A arquitetura AMD RDNA introduzida em 2019 apresentou os GPUs de 7 nm na série Radeon RX 5000, melhorando em cerca de 50% a performance por watt face à sua geração anterior. E em 2020, o RDNA 2 aumentou para 65% essa mesma eficiência.
A AMD chama a atenção da importância dessa mesma performance por watt e o que isso significa para os gamers. Na prática, além de produzir menos calor e consumir menos energia, sem perder a sua capacidade de alta performance, há poupança de custos, quando compara diretamente a série RX 6000 com a sua rival GeForce RTX 3000 da NVidia.
A empresa também puxa os galões para si referindo que é atualmente a única fabricante no mercado a desenvolver simultaneamente CPUs e GPUs de alta performance. Isso dá uma posição única à fabricante de cruzar os avanços de engenharia das respetivas equipas e melhorar o seu portfolio de produtos.
Olhando para o futuro, a empresa diz continuar empenhada em puxar pela eficiência de gaming com a construção da terceira geração da sua arquitetura RDNA. E ambição não falta à empresa, prometendo um aumento estimado de performance por watt de cerca de 50% face à RDNA 2. Um dos focos é a refinação da sua tecnologia de gestão adaptativa de energia, assim como a introdução da nova geração de AMD Infinity Cache, essenciais para a melhoria de eficiência.
De recordar que nos últimos dois anos, os processadores AMD Ryzen têm vindo a crescer e são cada vez mais adotados pelas fabricantes, tendo mesmo batido alguns recordes de vendas da marca. A fabricante anunciou novidades para 2023. A restruturação do seu portfólio significou segmentar os chips mediante a sua utilização, com nomes que provavelmente não conseguirá distinguir a sua utilização. Nesse sentido, a fabricante lançou a respetiva explicação do que significam os números e letras das designações dos produtos, que pode consultar aqui.
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