Nova proposta da Comissão Europeia poderá significar o regresso das baterias amovíveis para smartphones

Na "calha" poderão estar também medidas que obrigam as fabricantes a pôr em prática a produção mais sustentável, como a reciclagem de materiais eletrónicos.

A Comissão Europeia poderá obrigar as fabricantes de dispositivos como smartphones e tablets a facilitar o processo de substituição de baterias e para gerar menos lixo eletrónico. A proposta enquadra-se na aposta de Bruxelas na sustentabilidade ambiental, de forma a garantir que os consumidores conseguem utilizar os equipamentos durante mais tempo e que não precisam de comprar um smartphone novo de cada vez que a bateria se estraga.

Os documentos a que o website holandês Het Financieele Dagblad teve acesso indicam que a proposta será apresentada em meados de março deste ano por Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia e um dos principais líderes das políticas ecológicas na Europa.

Ao que tudo indica, Bruxelas estará a terminar a proposta que poderá impor às fabricantes medidas de produção mais sustentáveis, como a reciclagem de materiais eletrónicos. Além disso, a Comissão Europeia poderá pressioná-las para disponibilizarem um período de garantia mais alargado.

A proposta poderá pressionar as fabricantes a indicarem nas embalagens quantos microplásticos poluirão o ambiente devido à utilização dos seus dispositivos. Bruxelas poderá também criar uma iniciativa para recolher equipamentos eletrónicos e carregadores que já não estão a ser utilizados.

A notícia surge após o Parlamento Europeu ter aprovado, no final de janeiro, uma medida que impõe carregador único para smartphones, tablets e outros equipamentos.

O documento refere que a medida deve assegurar a interoperabilidade dos diferentes carregadores sem fios com diferentes dispositivos móveis; aumentar a quantidade de cabos e carregadores recolhidos e reciclados nos Estados‑Membros; e assegurar que os consumidores deixem de ser obrigados a comprar um novo carregador com cada novo dispositivo. Esta é uma estratégia que pretende desligar a compra de novos equipamentos móveis dos carregadores, mas evitando que os consumidores tenham de pagar mais.

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