De acordo com o conjunto de conselhos publicados pelo Scientific Advice Mechanism (SAM), tornar os sistemas europeus mais seguros passa, nomeadamente, por evitar backdoors que ignorem os processos normais de autenticação e por usar normas de encriptação de última geração.

Apela-se também à criação de identidades digitais "adaptadas ao contexto" para os cidadãos, de modo a que só seja pedido a estes os dados necessários para garantir uma transação online, num dado momento e situação. Desta forma dá-se às pessoas mais opções e controlo sobre os seus dados.

O grupo considera ainda que a troca e partilha de informação sobre incidentes informáticos em toda a Europa devem ser melhoradas. Além disso sugere-se a criação de um quadro global de governação em matéria de cibersegurança, no qual a UE desempenharia um papel de liderança.

O parecer do Grupo de Alto Nível baseou-se em relatórios científicos, bem como em consultas a vários peritos. Foram também tidos em conta os comentários das diferentes partes interessadas da política, da indústria e da sociedade civil, ressalva-se na nota à imprensa.

“Os cidadãos precisam de confiar no Mercado Único Digital e nas oportunidades oferecidas pelas tecnologias digitais no sentido de serem oferecidos melhores serviços e inovação. Precisam de ver reforçado que a sua privacidade está assegurada quando fazem uma transação online, de modo a permitir às empresas e aos novos negócios florescerem, garantindo ao mesmo tempo os valores e os direitos fundamentais são protegidos”, refere o comissário europeu Carlos Moedas. “Esta opinião científica independente fornece muita informação valiosa que nos ajuda a atingir esses objetivos”.