Celebra-se hoje por todo o mundo o Girls in ICT Day, uma iniciativa da União Internacional das Telecomunicações com o objetivo de aumentar a consciencialização das jovens mulheres sobre as oportunidades de carreiras nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
No entanto, apesar da área das TIC ser uma das que está em maior expansão a nível mundial, a representação feminina portuguesa, quer na escola, quer em cargos especializados em TIC, está abaixo da média europeia.
De acordo com o Eurostat, mais de 1,3 milhões de pessoas estavam inscritas em cursos relacionados com a área das tecnologias na União Europeia (UE) em 2016, com as mulheres a representar apenas 17% desse número.
Em Portugal, dos mais de 26 mil (26.235) estudantes nas áreas das TIC, 86,7% são do sexo masculino, enquanto que as estudantes portuguesas “tecnológicas” são pouco mais do que três mil (3.497), uma percentagem (13,3%) abaixo da média europeia. A Bulgária (33%), Roménia ( 31%), Grécia e Suécia (29%) encontram-se nos lugares cimeiros.
O padrão é idêntico no mercado laboral. Existem mais de oito milhões de pessoas empregadas na União Europeia como especialistas TIC, com os homens, mais uma vez, a serem predominantes. Os números mostram que as mulheres perfazem apenas 1,4 milhões do total, ou 17,2%.
Também neste caso, Portugal tem uma representatividade feminina mais baixa do que a média comunitária, com apenas 14,4% das mulheres a estarem representadas. Entre os melhores aparecem a Bulgária (26,5%), a Roménia e a Lituânia (ambos com 25,7%).
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