A partir de 2010, 70 por cento dos computadores vendidos serão destinados a substituir máquinas antigas, que já não satisfazem as necessidades do utilizador.

As estimativas são da Intel. De acordo com a fabricante norte-americana, são as novas tendências de utilização dos computadores que estão a acelerar a inovação tecnológica e a impulsionar a compra de novos equipamentos.

O "crescimento da Internet" é um dos factores que deverá acelerar a recuperação do negócio nos próximos anos. "Há um novo paradigma do modelo de utilização", afirmou o responsável pela área de produto da Intel Portugal, Rui Silva, citado pelo Jornal de Negócios.

"O consumo de vídeos online, por exemplo, está a criar novas necessidades e alguns computadores existentes tornam-se obsoletos", detalhou o responsável, realçando ainda que a substituição das máquinas estará intimamente ligada à experiência que cada utilizador espera ter.

"No futuro poderemos estar a falar do dobro da velocidade actual, permitindo duplicar a produtividade", afirmou a respeito das razões que podem levar os consumidores a trocar de computador.

Esperam-se dispositivos mais rápidos, mas também mais inteligentes, permitindo uma melhor gestão do consumo energético. Os processadores terão de ser também simplificados, adaptando-se aos novos formatos de hardware, como os portáteis e os novos "desktops", cada vez mais finos.

Com as novas tendências e necessidades de utilização a impulsionar o mercado, a IDC estima que se vendam cerca de 300 milhões de computadores em 2010.

O sector do consumo é aquele do qual se espera maior crescimento, num horizonte temporal de 3 anos. Em 2013, deverão ser vendidos cerca de 240 milhões de PCs, só a particulares. Para o sector empresarial, as previsões de vendas situam-se nos 195 milhões de PCs.

Em Portugal o mercado também tem dado sinais de recuperação. Os últimos dados da consultora mostram um crescimento de 3,6 por cento nas vendas de computadores no último trimestre de 2009, quando comparado com igual período de 2008.