Programação e Robótica no Ensino Básico ganha linhas orientadoras

A Direção-Geral da Educação (DGE) tem um novo programa decorrente do projeto-piloto de Iniciação à Programação no 1.º Ciclo do Ensino Básico, que envolveu mais de 70.000 alunos entre 2015 e 2017.

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A partir de setembro de 2018, o ensino de programação e robótica vai ser obrigatório em todas as escolas de ensino básico, através da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Por agora, o Governo avança com um novo programa em centenas de escolas públicas e privadas, que arrancou oficialmente esta semana.

Na sessão de lançamento da iniciativa, no Auditório da Microsoft, em Lisboa, foram dadas a conhecer as linhas orientadoras e as dinâmicas gerais a desenvolver no âmbito do projeto.

Refere a Direção-Geral da Educação (DGE) que a iniciativa “Programação e Robótica no Ensino Básico” pretende dinamizar atividades de programação e robótica com os alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade "através das ofertas complementares, das atividades de enriquecimento curricular ou da oferta de escola, opção que fica ao critério dos órgãos do agrupamento escolar".

O documento está organizado em quatro áreas das ciências da computação - Pensamento Computacional, Algoritmia, Programação e Robótica -, estruturados de acordo com padrões de desenvolvimento iniciais, intermédios e avançado,  em conformidade com os estádios de cada criança e jovem.

"As sugestões apresentadas deverão ser ajustadas à realidade de cada contexto em que a iniciativa será implementada”, refere -se no documento, com o objetivo de promover o desenvolvimento de competências de comunicação, colaboração, criatividade e pensamento crítico.

E, mais do que a habilidade de utilizar computadores, pretende que a tecnologia seja usada de “forma segura, respeitosa e responsável, mantendo as informações pessoais privadas e para “criar, organizar, armazenar, manipular e recuperar informação digital”.

Para isso, o documento refere que o professor deverá adotar metodologias de aprendizagem ativas e colaborativas que privilegiam a participação dos alunos, a articulação de saberes, a colaboração, o pensamento crítico. Também deve ser colocada em prática  a articulação de saberes das várias disciplinas ou áreas disciplinares.

Das dinâmicas apresentadas constam também exemplos de metodologias de aprendizagem/estratégias ativas que podem ser mobilizadas como a “Aprendizagem Baseada em Projetos”, a “Aprendizagem Baseada em Problemas” e o “Pair Programming”.

Os métodos de avaliação não contemplam a avaliação baseada na aplicação de fichas, testes ou provas, teóricas ou práticas, sendo sugerida a aplicação de processos de autoavaliação, heteroavaliação e de avaliação por grupos .

A iniciativa Programação e Robótica no Ensino Básico conta com a adesão de 628 escolas, tendo as inscrições para agrupamentos escolares e instituições de ensino particular terminado a 15 de setembro. Decorre do projeto-piloto de Iniciação à Programação no 1.º Ciclo do Ensino Básico, que envolveu mais de 70.000 alunos entre 2015 e 2017.