Mais de 270 mil alunos já testaram o formato digital em que se vão realizar as provas finais, segundo o balanço feito hoje pelo ministro da Educação que relata que a primeira semana de ensaios decorreu com normalidade.
A Fenprof alertou hoje para as dificuldades sentidas em muitas escolas durante as provas-ensaio do ensino básico, com relatos de computadores e auscultadores avariados, falhas de internet ou potência elétrica demasiado baixa para manter vários equipamentos ligados em simultâneo.
Enquanto o Ministério defende a transição digital como um passo necessário, professores e sindicatos alertam para os desafios práticos, mas todos concordam sobre a importância de garantir que as provas finais decorram sem falhas técnicas.
Uma pesquisa realizada no Reino Unido identificou ganhos na aprendizagem e saúde mental dos jovens que passam menos tempo no telemóvel, mas não consegue estabelecer a mesma ligação com a proibição do uso de equipamentos eletrónicos nas escolas.
O movimento “Menos Ecrãs, Mais Vida” defende que a regulação do uso de smartphones seja obrigatória e não apenas orientadora, perante a muito baixa adoção por parte das direções escolares. Pede também a abrangência pelo menos até ao 3.º ciclo.
O número de países que proibiram o uso de telemóveis nas escolas está a aumentar rapidamente e estudos realizados na Bélgica, Espanha e Reino Unido, mostram que a medida está a dar bons resultados.
A investigação da Acer destaca que as escolas precisam aumentar a utilização da tecnologia digital, incluindo equipamentos, software educativo e sessões regulares, para preparar os estudantes para as necessidades futuras da sociedade.
As recomendações e orientações propostas pelo grupo de trabalho assentam nos resultados de um inquérito a alunos, na revisão dos procedimentos a adotar e vão incluir as sugestões de peritos nas áreas, após a realização de várias sessões de auscultação.
Segundo os dados, mais de metade das crianças brasileiras dos 10 aos 13 anos possui telemóvel, uma proporção que chega aos 87,6% entre os adolescentes dos 14 aos 17 anos.
Estudo analisa as iniciativas e programas curriculares de cibersegurança e conclui que é preciso preparar os jovens nas escolas desde o ensino básico e secundário.
O Governo anunciou hoje um novo projeto-piloto para ensinar programação, robótica e conteúdos relacionados com a inteligência artificial a alunos de 10 concelhos durante os períodos de interrupção letiva, ligado à Estratégia Digital Nacional.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação admite que faltam 45 mil computadores nas escolas, dados de um levantamento do ministério. Em relação à proibição do uso de telemóveis garante que o tema ainda está em avaliação.
Há vários países a ponderarem limitar o uso das tecnologias digitais por crianças, incluindo Portugal, preocupados com os impactos no desenvolvimento e na saúde mental. Depois da Austrália, aqui mesmo ao lado, em Espanha, avaliam-se estratégias ainda mais restritivas.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, quer que até ao final de 2025 sejam concluídos os centros tecnológicos especializados que permitirão reequipar 365 escolas profissionais com a ajuda do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A medida sobre a devolução dos equipamentos para ligação gratuita à internet por professores e alunos sem apoio social escolar é considerada preocupante "por comprometer as condições de trabalho dos docentes".
A Associação de Empresas Produtoras e Distribuidoras de Videojogos publicou um documento que pretende ser um manual prático para ajudar os professores a usar os videojogos como complemento ao ensino.
A proibição dos telemóveis nas escolas ganha força, com países como França e Suécia a liderarem movimentos que apontam os efeitos negativos dos smartphones na aprendizagem e socialização. Já outras vozes defendem a necessidade de um equilíbrio que também considere os benefícios da tecnologia.
A NOVA IMS é pioneira na utilização de ferramentas de inteligência artificial generativa no ensino em Portugal e a experiência desde 2023 já permitiu afinar estratégias pedagógicas. Manuela Aparício defende que é essencial integrar a tecnologia mas sublinha a necessidade de ética e uso responsável.
O programa DigitAll pretende reforçar as competências digitais do país, abrangendo 900 turnas de 140 escolas, envolvendo mil professores e 20 monitores.
Com o regresso às aulas a começar hoje as escolas têm novas recomendações do Ministério da Educação, Ciência e Inovação relativas à utilização de telemóveis. A ideia é proibir os equipamentos no 1º e 2º ciclo, até ao 6º ano de escolaridade, e adotar restrições no 3º ciclo, que vai até ao 9º ano.
Em declarações no final da reunião no Ministério da Educação, Ciência e Inovação, o movimento Menos Ecrãs, Mais Vida diz ter ficado com "a clara ideia" de que as propostas de proibição dos telemóveis nas escolas e o fim imediato dos manuais digitais não vão ser seguidas, "o que é uma pena".
O encontro tem como objetivo incentivar o Ministério da Educação, Ciência e Inovação a “uma profunda reflexão sobre a utilização de smartphones e manuais digitais escolas”, com a promessa de sugestão de ações para proteger crianças e jovens “e a defesa dos seus superiores interesses”.