Chama-se UXL Foundation e quer revolucionar o mercado de processadores destinados à área da inteligência artificial, numa estratégia que passa por “oferecer mais liberdade e escolha aos programadores”. O grupo, onde estão tecnológicas como a Qualcomm, a Google e a Intel, prepara-se, claramente, para fazer frente à Nvidia.

Antes conhecida pelas suas placas gráficas para gaming, a Nvidia é agora uma das mais poderosas fabricantes de chips de inteligência artificial. O negócio corre tão bem que duplicou o seu valor de um bilião para mais de dois biliões de dólares em apenas nove meses e é uma parte desse mercado que Qualcomm, Google e Intel querem garantir.

Mais especificamente, a aliança pretende dar às empresas que desenvolvem software de IA e outras aplicações alternativas viáveis à plataforma CUDA, da Nvidia, usada atualmente por mais de quatro milhões de programadores.

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“Na verdade, queremos mostrar aos programadores como migrar de uma plataforma Nvidia”, disse Vinesh Sukumar, responsável pela área de IA e Machine Learning da Qualcomm, em entrevista à Reuters.

A premissa da UXL Foundation de criar um conjunto de ferramentas capaz de alimentar vários tipos de processadores de IA vai assentar numa tecnologia desenvolvida pela Intel, chamada OneAPI. O projeto open source visa fazer com que o software seja executado em qualquer máquina, independentemente do chip e do hardware que o alimenta.

O plano inclui a definição de especificações técnicas detalhadas até ao final deste ano, assim como a atração de uma diversidade de empresas, entre elas gigantes da computação na nuvem, como a Amazon e a Microsoft.