
No ano passado as vendas de dispositivos de realidade aumentada, virtual e mista cresceram 10%, impulsionadas pelo lançamento de novos produtos, por novas marcas, e por novas propostas de fabricantes mais “tradicionais” do segmento, já na reta final do ano.
O crescimento registado em 2024 inverteu a tendência nas quedas de dispositivos de RA e RV dos dois anos anteriores, mas não vai durar. Para 2025, a IDC, que apura os números, prevê uma queda de 12% nas vendas do segmento, que ficará a dever-se sobretudo a uma espécie de compasso de espera do mercado até à chegada de novos produtos.
A maior parte das próximas grandes novidades neste domínio devem surgir apenas em 2026, ano em que a IDC perspetiva um crescimento de 87% nas vendas e um volume maior que o registado no ano em que mais dispositivos deste tipo foram vendidos, 2021 (11,2 milhões). Contas feitas, no intervalo entre 2025 e 2029, a IDC acredita que o segmento de dispositivos de RA e RV vai manter um ritmo de crescimento anual médio de 38,6%.
Por empresas, a Meta continua para já a dominar, com uma quota de 74,6% no final de 2024. A Apple conseguiu ficar com 5,2% das vendas e a Sony com 4,3%. O top 5 fechou com a ByteDance, em quarto lugar, com uma quota de 4,1%, e com a XReal em quinto, com 3,3%.
Destas cinco empresas, no entanto, apenas a Meta e a XReal conseguiram crescer na comparação com o ano anterior, graças ao lançamento de novos produtos e ao foco no mercado de gaming, como sublinha a IDC.
O foco da Meta no mercado da educação fez com que a importância do sector para este segmento, em termos de vendas, tenha também crescido no ano passado em 69,4%, contribuindo para que as vendas profissionais representassem 14,9% das vendas totais em 2024.
“O ano passado foi um grande ano para o hardware, pois vimos novos headsets de realidade mista de grandes marcas como a Apple e a Meta, e também foi um grande ano para marcas mais pequenas, como a Even Realities e RayNeo”, que apostaram na reinvenção de produtos, para “fornecer designs amigáveis ao consumidor” no subsegmento dos óculos inteligentes, sublinha Jitesh Ubrani, responsável de pesquisa do Worldwide Mobile Device Trackers da IDC.
"Em 2025, prevemos ainda mais óculos com ecrãs e inteligência artificial multimodal, bem como a introdução do hardware Android XR, o que provavelmente levará a rivalidades de plataforma entre os principais participantes: Meta, Apple, Google e todos os outros", acrescenta o mesmo responsável.
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