Entre abril e junho foram vendidos 15 milhões de computadores na Europa ocidental, um número que representa um crescimento de 3%, face ao mesmo período do ano passado e que inclui o volume total de desktops, notebooks e workstations enviados para as lojas pelos fabricantes. 

Os dados são da Canalys, que assinala ainda os efeitos do confinamento como explicação para um percurso de vendas que se tem mantido estável. Embora o crescimento no trimestre seja modesto, vale a pena assinalar que a comparação é feita com o período homólogo, onde houve uma explosão nas vendas de equipamento informático. Ainda assim, os números traduzem crescimento e as perspetivas para o resto do ano continuam a ser de crescimento, apoiadas nos planos de regresso ao trabalho e às aulas presenciais que a generalidade dos países da região tem em vista.  

A empresa de estudos de mercado também nota que a escassez de componentes continua a ser um problema para o sector e um obstáculo à capacidade das empresas para responderem às encomendas e para crescerem.  Assim, sublinha que quem conseguiu gerir melhor essas limitações foi quem obteve melhores resultados, caso da Lenovo. 

A Lenovo manteve a liderança de vendas na região durante o segundo trimestre, com uma quota de 27% e 4,1 milhões de unidades comercializadas. HP, Dell, Acer e Apple completam o Top 5. A HP com 3,7 milhões de unidades vendidas e uma quota de 24% e os restantes fabricantes com quotas entre os 14 e os 9%. 

A fabricante chinesa tomou o primeiro lugar de vendas na Europa ocidental há três trimestres e ainda não o perdeu, destronando a HP. A Canalys explica que isso reflete uma maior e melhor capacidade para gerir a escassez de componentes e responder a encomendas nas várias regiões do globo. 

“A líder anterior, a HP, não conseguiu manter o equilíbrio necessário entre os EUA e a Europa, acabando por perder a liderança na Europa Ocidental", refere Trang Pham, analista da Canalys

Por segmentos, a empresa refere ainda que foram enviados para as lojas no período em análise 7,9 milhões de tablets, num crescimento de 18%, um espaço que continua a ser dominado pela Apple, que no período aumentou em 73% as vendas na região. Como sublinha a Canalys, os tablets já não são apenas vistos como dispositivos para entretenimento e “emergiram como alternativa mais barata ao PC para o trabalho remoto e para estudar, tornando-se especialmente populares entre os entre os estudantes com necessidades básicas”