A pensar no crescente número de pessoas que ouvem música, editam as suas fotografias, copiam ou gravam CDs e vêm filmes em DVD a partir do PC, a Microsoft acaba de lançar no mercado norte-americano - Estados Unidos e Canadá - o Windows XP Media Center, uma versão modificada para transformar de vez o computador pessoal num centro de entretenimento digital.



O software está disponível nos PCs HP Media Center da Hewlett-Packard. Posteriormente, serão comercializados na Coreia do Sul PCs da Samsung equipados com a plataforma - por altura do Natal -, ao passo que a NEC irá também lançar computadores com o sistema operativo no Japão, em meados de 2003.



Apesar de o Windows XP Media Center não introduzir nenhuma tecnologia efectivamente nova, esta plataforma simplifica e facilita o acesso a todos os tipos de formatos de conteúdos multimédia digitais a partir de um único local central, o PC, possibilitando que este substitua até o televisor. Esta solução é assim ideal para pessoas com restrições de espaço disponível de habitação, como quartos de dormitórios universitários e de adolescentes ou pequenos apartamentos.



Fruto de um trabalho de mais de um ano da divisão Windows eHome da Microsoft, este sistema operativo permite fornecer aos consumidores entretenimento multimédia digital nos seus PCs através de um interface de utilizador controlado à distância por um comando. No leque de funcionalidades que oferece, contam-se a reprodução de DVDs, a exibição, gravação e pausa de emissões televisivas em directo, a audição de colecções inteiras de música e a criação de apresentações com fotografias e música digital.



O objectivo da equipa de desenvolvimento da divisão Windows eHome com o Windows XP Media Center foi criar uma experiência de entretenimento digital fácil de utilizar. Para tal, abordou o produto a partir da perspectiva do consumidor,de forma a tornar o interface apelativo, intuitivo e coerente com o pensamento do consumidor.



Por cima de um pano de fundo em tons de azul, o utilizador tem um acesso rápido a cinco botões para iniciar determinados tipos de média: My TV, My Pictures, My Music, My Videos, Play DVD e as Configurações. As letras e os ícones possuem um tamanho suficiente para que o utilizador possa facilmente ler e navegar pelo sistema a cinco metros de distância.



Em lugar dos tradicionais teclado e rato, a equipa criou especialmente um controlo remoto para interagir com os menus do Windows no ecrã. Os botões do menu Start estão sincronizados com o comando e as selecções são efectuadas movendo para cima ou para baixo o menú com o controlo. Por outro lado, não existem muitos níveis de opções que poderiam tornar o sistema mais complexo.



No caso das emissões televisivas, o Media Center emprega informação do guia electrónico de programação incorporado de forma a tomar decisões "inteligentes" sobre o método de gravação, de forma a passar por cima de programas repetidos e ajustar a gravação para programas cuja hora de transmissão foi alterada.



Para ajudar a garantir que os consumidores iriam ficar satisfeitos com o Windows Media Center, a Microsoft procurou obter reacções dos utilizadores em cada fase de desenvolvimento do produto. Para além de testes de usabilidade, a equipa organizou focus groups, realizou entrevistas one-to-one, inquéritos e testes beta. O processo de desenvolvimento contou no total com as sugestões de mais de cinco mil consumidores através de 20 estudos separados.



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