A agência Lusa foi alvo de um ataque informático que causou instabilidade no seu serviço. Como anunciado pela agência a 14 de maio, o ataque afetou o serviço desde a última quinta-feira, 12 de maio, resultando em várias quebras no acesso à sua plataforma.
Ao SAPO TEK, Joaquim Carreira, presidente do Conselho de Administração da Lusa, esclareceu que a agência noticiosa foi alvo de um ataque DDoS (Distributed Denial of Service), que "começou com alguma instabilidade e com algumas intermitências no serviço na quinta-feira à tarde".
Como explica o responsável, o objetivo deste tipo de ataques é "criar uma saturação nas infraestruturas de modo a que o desempenho caia ou que fique completamente indisponível". O incidente começou a ser investigado e a causa por trás do mesmo foi apontada como externa. Em colaboração com os seus parceiros tecnológicos, a agência começou a criar uma plataforma de apoio às suas infraestruturas.
"Temos tido algum sucesso. Durante o fim de semana a situação acalmou e, até à data, não tivemos ocorrência de incidentes", afirmou Joaquim Carreira, acrescentando que, tal como é comum neste tipo de ataques, não houve qualquer pedido de resgate nem encriptação de dados. Para já, ainda se desconhece quem terá levado a cabo o ataque.
Anteriormente, em declarações ao Expresso, Joaquim Carreira, tinha explicado que o ataque externo fez com que os servidores web tivessem pouca capacidade. O responsável realçou que foi possível reaver alguma estabilidade desde o início da manhã de sábado, acrescentando que a Lusa está a “está a implementar soluções de mitigação”, em colaboração com os seus parceiros tecnológicos.
O incidente foi comunicado às “autoridades competentes”, com a agência a reunir esforços para reforçar a segurança das suas plataformas.
Desde o início de 2022 que várias empresas portuguesas têm sido vítimas de ataques informáticos, incluindo organizações noticiosas. O ataque à Impresa, dona da SIC e do Expresso, aconteceu logo nos primeiros dias do ano e provocou danos extensos nos arquivos de informação das empresas. Já em fevereiro o grupo Cofina e a Trust in News também foram alvos de ciberataques.
Como debatido no 31º Digital Business Congress, o ataque informático ao grupo Impresa fez acelerar planos de cibersegurança nos media.
Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, realçou que este não é um problema dos media, mas sim de todos os sectores. "Toda a gente acordou e estamos mais preparados", garantiu o responsável.
Já Luís Cunha Velho, membro do conselho de administração da Media Capital, afirmou que na empresa foram criados planos de contingência, embora admita que estão ainda aquém. Na RTP já estavam a ser desenvolvidos sistemas de proteção e Nicolau Santos, presidente da empresa, afirmou que foram acelerados.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h03)
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