Alguns anúncios de apelo a donativos para ajudar a Ucrânia têm sido movidos para a Darknet e, embora existam apelos legítimos, a Check Point Research revela que muitos são fraudulentos.
Os investigadores dão o exemplo de um anúncio fraudulento em que pedidas doações para uma alegada ucraniana chamada Marina. A descrição que acompanha o anúncio afirma que “Marina” e os seus filhos estão a tentar fugir da Ucrânia e que precisam de dinheiro, apelando a doações em criptomoedas.
A Check Point Research explica que, embora os QR codes apresentados conduzam a endereços de cripto wallets, uma pesquisa mostra que a imagem principal foi retirada de um artigo da agência noticiosa internacional alemã Deutsche Welle (DW). Nenhuma outra informação foi partilhada, levantando questões sobre a autenticidade e legitimidade geral da página, afirmam os investigadores.
Por outro lado, alguns websites referenciados na Darknet apontam para endereços legítimos. Os investigadores apontam, por exemplo, para o da plataforma Defend Ukraine, cujo site contém uma lista de diferentes organizações e ONGs na Ucrânia, listando endereços de cripto wallets que podem receber doações em Bitcoin, Ethereum e USDT.
Como indica Oded Vanunu, Head of Product Vulnerabilities Research, at Check Point Software, os investigadores têm "acompanhado de perto a Darknet" e, depois de terem encontrado "anúncios para serviços falsos relacionados com o coronavírus" ao longo dos últimos anos, veem agora "esquemas de doação a aparecer, à medida que o conflito Rússia-Ucrânia intensifica".
"Estes anúncios estão a recorrer a nomes falsos e histórias pessoais para incitar as pessoas a doar", afirma, acrescentando que, ao mesmo tempo, também é possível identificar "apelos legítimos à doação de fundos para a Ucrânia".
"A Darknet pode ser um sítio perigoso. Eu aconselho vivamente qualquer pessoa que queira doar a fazê-lo a partir de fontes e meios fiáveis. A Check Point Research continuará a monitorizar a Darknet ao longo dos desenvolvimentos do conflito, reportando qualquer outra irregularidade.”
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 12h36)
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