A operação internacional envolveu a Autoridade Tributária e Aduaneira e o Infarmed e levou à apreensão de 40 encomendas em Portugal, travando a entrada de 13.600 unidades de medicamentos ilegais, com um valor estimado de cerca de 55.000 euros, comunicaram as autoridades.

As autoridades têm levado a cabo outras operações de fiscalização nesta área, alertando que os portugueses continuam a comprometer gravemente a sua saúde ao adquirirem medicamentos pela internet em websites não autorizados.

A nível global a campanha foi coordenada pela Interpol e decorreu entre 18 e 25 de junho, associando cerca de 100 países e levando à detenção de 58 indivíduos. Foram apreendidos quase 10 milhões de medicamentos falsificados, potencialmente letais, com um valor estimado de 31,5 milhões de euros.

Esta é a sexta edição da operação internacional que pretende combater a venda de medicamentos ilegais através de sites na Internet, depois de vários avisos sobre os perigos para a saúde na aquisição destes fármacos online.

Segundo os dados, a maioria das encomendas apreendidas durante a operação em Portugal continha medicamentos destinados ao tratamento da disfunção eréctil e emagrecimento.

As autoridades lembram que a compra de medicamentos fora dos canais licenciados e controlados pelo Infarmed, nomeadamente através da Internet, faz com que os consumidores correr riscos graves e desnecessários. A falsificação, composição alterada, prazos ultrapassados e transporte sem as precauções devidas estão entre os problemas identificados.

O Infarmed recorda que só podem vender medicamentos no domicílio as farmácias e os estabelecimentos de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica registados junto desta entidade pra esse efeito, e que o facto de um site estar sediado em Portugal ou ser escrito em português não significa que esteja autorizado.

No ano passado o Infarmed criou um site especificamente para que os consumidores possam denunciar reações registadas a medicamentos.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico