Black Friday: Escolhas seguras e comparação dos preços são obrigatórios para aproveitar as promoções

Os conselhos são da Deco Proteste que alerta os consumidores para os cuidados a ter nas compras à distância neste período de descontos e promoções.

Imagine que nos dias antes da Black Friday cada loja aumentava propositadamente os preços de alguns produtos para depois no próprio dia aplicar desconto sobre esses valores inflacionados. Os descontos assim seriam apenas uma ilusão, certo? infelizmente, isto é o que acontece em várias lojas online na Bçack Friday. Para evitar este engano, vá acompanhando os produtos e preços que deseja adquirir alguns dias antes da sexta-feira, 23.

Este ano a Black Friday transformou-se em Black Week ou mesmo Black Month, mas os cuidados com as compras online têm de ser redobrados. Prevendo que as compras nesta Black Friday sejam maioritariamente online, a DECO PROTESTE aconselha a que os consumidores escolham lojas virtuais que se identifiquem claramente com nome, morada, contacto telefónico, e-mail e número de contribuinte do vendedor e que desconfiem de lojas onde não encontra o endereço físico, ou se apenas houver um apartado postal, pois em caso de problema com a compra terá de localizar o estabelecimento.

Outro fator que tem de ser considerado é a segurança dos pagamentos e dos dados bancários. "Existem alguns sinais simples que permitem verificar se os sites têm encriptação para o pagamento, como por exemplo, um cadeado, ou ao passar com o rato sobre o símbolo, é indicado o grau de encriptação", afirma a associação de defesa do consumidor, lembrando que os endereços das páginas seguras começam por https, em vez de http. Indicando que pode usar cartão de crédito tradicional ou específico (MB Net), transferência bancária, débito direto, cartão de débito, conta dedicada online ou pagar no ato de entrega, a deco diz que o mais seguro, embora com custos adicionais, é o pagamento contra entrega.

Antes de concluir a compra confirme o custo total, incluindo o preço, custos de envio e impostos. Nem sempre isso é claro à partida e muitas vezes só aparece discriminado no final do processo de compra.

Os direitos na devolução são também apontados pela Deco que avisa que se o consumidor quiser devolver o produto, tem 14 dias seguidos para comunicar a desistência. Mesmo assim, há produtos que não podem ser devolvidos, como os bens confecionados de acordo com as indicações específicas do cliente, por exemplo.

Nas entregas as regras dizem que as encomendas devem ser recebidas num máximo de 30 dias. "Se o produto não estiver disponível, o vendedor deve informar e reembolsar do valor pago, em 30 dias. Se ultrapassar este período, fica obrigado a devolver o valor pago em dobro, em 15 dias úteis".

Os consumidores têm ainda seis meses para apresentar queixa caso não tenham recebido a encomenda, nem a devolução do dinheiro, e podem fazê-lo na plataforma online da Deco, a Reclamar.

A associação recorda ainda que pode usar a sua ferramenta de comparação de preços para perceber se os descontos anunciados em épocas como a Black Friday ou a Cyber Monday são boas oportunidades de compra. Esta ferramenta de pesquisa regista a evolução dos preços dos produtos nas lojas online dos últimos 30 dias.