A Brisa e a Peugeot foram identificadas como as melhores empresas no que diz respeito à acessibilidade Web, num estudo agora divulgado que analisou mais de 800 sites, entre as 1.000 maiores empresas portuguesas.

As páginas Web da Brisa foram eleitas as mais acessíveis, tendo por base as directrizes de acessibilidade 1.0 do World Wide Web Consortium (W3C), denominadas WCAG 1.0.

Neste grupo, o relatório mostra uma evolução positiva face à análise anterior, realizada em 2009, com o número de sites que respeitam o nível de regras de acessibilidade mais baixo (A) a mais que duplicarem, passando de 73 para 155.

Nos restantes níveis de acessibilidade, o número de empresas aumentou de uma em para quatro, e em 2010 foi possível identificar um site com o nível máximo de conformidade (AAA).

A Peugeot, por sua vez, lidera nos critérios de análise relativos à versão mais recente do conjunto de regras instituídas pelo W3C, denominado WCAG 2.0, existente desde 2008.

Com base neste critério, o estudo refere que apenas duas das 808 empresas avaliadas apresentavam um site desenvolvido de forma a cumprir toas as normas WCAG 2.0 de nível A. Verifica-se também que nenhum sítio Web se encontra de acordo com o nível de acessibilidade AA, e que apenas um site cumpre com o nível de acessibilidade AAA.

75% dos sites da AP acessíveis

Tendo por base a acessibilidade Web da Administração Pública Central, um outro estudo, cujos resultados foram apresentados em simultâneo com os dados da APDSI, mostra que 75% dos sites dos organismos governamentais cumpriam com as normas WCAG 1.0 de nível A e 2010.

O relatório, promovido pela UMIC, mostra uma evolução positiva face à análise anterior, relativa a 2008, em que 70% dos sites da AP respeitaria as regras de acessibilidade.

Recorde-se que já esta semana tinha sido divulgado um estudo que coloca Portugal entre os melhores da ONU na acessibilidade aos sites governamentais.

"A situação em Portugal, comparada com outros países é bastante boa. Talvez porque a preocupação com a acessibilidade exista desde o primeiro momento" referiu Luís Magalhães, presidente da UMIC, durante a apresentação dos resultados, acrescentando que é necessário continuar a perseguir esse esforço, "de modo a assegurar a sustentabilidade desses níveis".