A Polícia Judiciária deteve dois homens e duas mulheres, com idades entre os 44 e 51 anos, no âmbito da Operação Maldivas. Os suspeitos são apontados pela alegada prática de 20 crimes de falsificação ou contrafação de documentos, 10 crimes de burla qualificada e ainda dois por falsidade informática.

A investigação teve início ainda durante 2021, seguindo-se a uma queixa apresentada por uma pessoa que viu a sua casa a ser vendida por alguém que se tinha feito passar por si e o seu marido. A vítima acabou por ser notificada por instituições de crédito e sociedades financeiras para pagar empréstimos que não tinha realizado, chegando a ter mensalidades com atraso.

No processo da investigação realizada pela diretoria da PJ de lisboa, descobriu-se que este não era o único caso, sendo depois apurados os alegados autores dos crimes. O grupo tinha um elemento principal, suspeito de receber rendimentos exclusivamente deste esquema, dava instruções aos outros três para obterem créditos de instituições de crédito utilizando identidades falsas.

A PJ explica que para os créditos serem aceites, o mentor do grupo fabricava comprovativos da morada, assim como de rendimentos ou remunerações e comprava na darknet documentos de identidade estrangeiros com dados biográficos das vítimas, substituindo as fotos pelos alegados cúmplices.

De forma a evitar que as vítimas descobrissem os contratos falsos feitos no seu nome, os suspeitos utilizavam moradas controladas para si, seguindo o histórico dos processos de crédito. Em alguns dos casos foram vendidos imóveis de habitação que sabiam estar livres de ónus ou encargos, de pessoas por quem se fizeram passar nas escrituras de compra e venda, usando documentos e procurações de identidade falsos.

Para já, foi apurado a utilização de pelo menos sete identidades diferentes, usadas para abrir contas bancárias, que depois foram provisionadas com os valores dos contratos de mútuo acordo e de cartão de crédito, ou do valor de venda dos imóveis. A PJ afirma que até ao momento foi totalizado um valor de 350 mil euros.

Foram feitas buscas domiciliárias, resultando na apreensão de dinheiro, documentos falsos, equipamentos informáticos e outros objetos que foram utilizados nos crimes. Os deditos já foram presentes ao primeiro interrogamento judicial, ficando dois em prisão preventiva, incluindo o suspeito principal. Os outros dois têm de se apresentar de forma periódica, além de estar proibidos de manterem contactos entre si.

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