A operação “Assinatura d’Ouro” levou a PJ a cumprir 35 mandatos de buscas e detenção de três suspeitos pela fraude informática que permitia desviar dinheiro do Grupo Chimarrão.
Em janeiro, a PSP registou mais de 360 crimes de burla informática e comunicações, tendo recebido também 260 denúncias relativas à burla "Olá pai, olá mãe", sobretudo através do WhatsApp.
Segundo Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, o panorama de ciberataques em Portugal torna-se particularmente preocupante quando se tem em conta que mais de metade dos incidentes aconteceram por erro humano.
Os 15 detidos pela PJ operavam em todo o território, de norte a sul do país, sendo suspeitos de branqueamento transnacional de fundos gerados em burlas informáticas.
A funcionária do aeroporto foi identificada pela PSP e constituída arguida por suspeita de burla informática, tendo sido apanhada em flagrante a fotografar cartões de débito de passageiros, que os entregavam na altura do embarque.
Um homem de 36 anos ficou em prisão preventiva por suspeita de mais de 100 crimes relacionados com fraudes feitas com a aplicação eletrónica de pagamentos MB Way, disse o Ministério Público da comarca de Santarém.
A PJ avança que em causa está um complexo esquema de circulação de fundos, envolvendo vários países e empresas, com o único propósito de branquear fundos obtidos através de burlas cometidas por meio informático.
O prejuízo contabilizado até ao momento é de cerca de 100 mil euros, segundo o registo de 170 cartões e contas bancárias. A PJ prevê que o valor possa ser superior, no decorrer da investigação.
A suspeita, sem antecedentes criminais, é alegadamente líder de um grupo criminoso, tendo servindo-se de credenciais falsas no acesso ao homebaking das vítimas.
A investigação teve início no final de 2018, depois da identificação de vários casos de “Skimming” e fraudes associadas a compras em plataformas de e-commerce através dos dados dos cartões de crédito roubados.
O suspeito é acusado de prática continuada de vários crimes de burla e falsidade informática e vai ser apresentado ao Ministério Público para interrogação.
A PJ fez detenção por associação criminosa, com investigações feitas em colaboração da SIBS e Paywatch. Os crimes eram efetuados através da app MB Way.