Estas imagens reunidas no site Insecam chegam de sistemas de videovigilância onde não foi alterada a password de origem ou onde simplesmente não é usada qualquer password.
No total estão disponíveis imagens de mais de 70 mil sistemas de videovigilância, arrumadas por países, ou tipos de câmaras. De Portugal estão no site 254 sistemas, um número já inferior ao referido pelo Diário de Notícias, que na edição de hoje dá conta do caso.



Os promotores do site explicam que a plataforma serva para mostrar como é fácil aceder a este tipo de imagens sem conhecimentos técnicos e apenas pesquisando no Google. Explicam que não foi necessária qualquer atividade de hacking para ter acesso às imagens das câmaras. Basta pesquisar no Google, e fornecem um conjunto de links para o comprovar.



De norte a sul do país, as câmaras mostram lojas e casas portuguesas em direto. A esta hora, e tendo em conta que boa parte diz respeito a locais comerciais, a atividade é reduzida ou não existe, mas à hora que o DN avaliou as imagens conseguiu, por exemplo, acompanhar em direto os passos da funcionária de uma loja.



O DN contactou a Polícia Judiciária, que garantiu ter já conhecimento do caso, mas que adiantou não poder agir, uma vez que o site está registado na Rússia. O próprio site explica, no entanto, como é possível remover as imagens de uma câmara ou sistema de videovigilância da plataforma, embora sublinhando que se não forem postas em prática outras medidas de segurança as imagens desaparecem do site, mas vão permanecer na Internet, disponíveis para quem as quiser ver.



Este não é o primeiro caso a deixar clara a insegurança dos sistemas de vídeo ligados à Internet, não apenas das câmaras de vigilâncias mas também das webcams. As empresas de segurança têm feito alertas em relação ao tema.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico