A censura do Governo chinês na Internet estendeu-se também à religião e a carta que no passado dia 30 de Junho foi enviada aos fieis daquele país pelo Papa e - publicada em vários sites - tem progressivamente vindo a ser retirada da Internet.



De acordo com a Asia News, os sites que decidiram publicar a carta, na sua maioria ligados à religião católica, foram visitados por representantes do governo de Pequim que os "convenceram" a retirar o documento da rede.



A publicação da carta enviada pelo Papa aos fiéis chineses foi acompanhada com alguma expectativa, já que são conhecidas as tentativas de intervenção do governo asiático na gestão da igreja católica no país.



Agora são membros dessa mesma igreja a confirmar o esforço do Governo para controlar a divulgação da missiva onde Bento XVI reconhecia progressos, no que se refere à liberdade da igreja católica no país, mas pedia mais independência e lançava um apelo à reconciliação.



A par com a retirada da carta dos sites onde ficou disponível depois da tradução para chinês, o Vaticano garante que entretanto também deixou de ser possível aceder ao seu site no país.



As políticas do governo chinês em matéria de Internet têm sido acompanhadas internacionalmente por representarem um forte esforço político para controlar a utilização desta ferramenta.



Os autores de conteúdos considerados contra o regime têm sido duramente castigados pelas autoridades com prisões e castigos que chegam à pena de morte.



As relações entre o Vaticano e a China estão cortadas desde 1951 porque o regime político do país proíbe a nomeação de bispos pelo Vaticano e mantém uma igreja "estatal patriótica".



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