Várias análises mostram que os jovens são os utilizadores que revelam maior proximidade com as redes sociais. Utilizam-nas para fazer novos amigos ou para se manterem em contacto com as pessoas que já se conhecem. Contudo, e como é do conhecimento público, os riscos associados a estes canais não pára de crescer, assim como os crimes e mal-entendidos que resultam da aproximação de desconhecidos.



O caso que chocou os Estados Unidos no final de 2006 apresentou ao mundo Megan Meier, uma adolescente de 13 anos que se suicidou após o seu namorado virtual, que havia conhecido há seis semanas no MySpace, a ter ofendido e acabado o "romance". A jovem enforcou-se e passado um ano descobre-se que, afinal, o rapaz por quem Megan se havia apaixonado não era mais do que Lori Drew, a mãe de uma colega sua que se fazia passar por Josh Evans, um rapaz de 16 anos.



A criação de um falso perfil no MySpace foi a estratégia encontrada por Lori Drew para perceber o porquê de a jovem de 13 anos falar mal da sua filha.



Durante meses de investigação, Lori nunca foi indiciada por não haver uma prova concreta do seu papel no crime. Contudo, e apesar da lei norte-americana impedir o anonimato online, os advogados dos pais de Megan arranjaram a forma de indiciar Lori Drew acusando-a de falsificação de identidade e de perfil online.



O futuro de Lori ainda está por decidir, assim como a aceitação da acusação. Por enquanto, as opiniões dividem-se quanto à possibilidade de um caso semelhante voltar a acontecer. Várias discussões já foram lançadas acerca do impacto que a linguagem online tem no quotidiano das pessoas e na forma como influência a forma de pensar de cada um.



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