Foi lançada uma nova ofensiva contra a utilização de cibercafés na China, desta vez limitada à cidade de Pequim. De acordo com o jornal China Daily, os mais de mil cibercafés existentes na capital chinesa serão sujeitos a inspecções rigorosas, estando prevista a suspensão ou encerramento de todos aqueles que não cumpram as regras impostas pelo governo chinês, nomeadamente na restrição do acesso de menores ao espaço destinado a navegar na Internet e a consulta de sites considerados ilícitos.
Em 2004 o governo chinês lançou uma campanha nacional idêntica que levou ao encerramento de 50 mil estabelecimentos por falta de licenciamento. No entanto a quantidade de cibercafés ilegais existentes nos subúrbios e pequenas cidades chinesas continua a ser considerada preocupante. Desta forma o governo abriu uma linha directa para onde deverão ser denunciados os estabelecimentos que trabalhem ilicitamente.
A procura por estes espaços é cada vez maior, uma vez que através da Internet os utilizadores chineses conseguem expressar-se anonimamente sobre questões políticas. O regime comunista chinês condena a utilização da Internet, quando usada para esses fins, uma vez que abre portas aos pensamentos ocidentais.
De acordo com o governo chinês estima-se que existam cerca de 670 mil websites de origem chinesa e cerca de 103 milhões de utilizadores chineses a navegar na Internet, sendo 4 milhões oriundos de Pequim, o que se traduz em "um em cada quatro habitantes da cidade", refere o Beijing Times.
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