A PSP está a investigar múltiplas queixas de pessoas que foram burladas por um grupo, que se suspeita ser composto por criminosos estrangeiros, através de websites falsos de marcas do grupo Inditex, como a Zara, Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka e Stradivarius.

O Jornal de Notícias avança que entre outubro e novembro do ano passado, a PSP recebeu 36 queixas acerca do esquema fraudulento, embora se acredite que o número de vítimas possa ser ainda mais elevado.

Neste esquema, os cibercriminosos criavam websites falsos que se faziam passar pelas marcas do grupo espanhol, porém, os produtos apresentados contavam com um preço muito inferior àqueles que eram praticados nas lojas oficiais.

De acordo com Sónia Martins, do Núcleo de Cibercriminalidade da PSP, os websites falsos continham imagens originais de artigos iguais às que surgiam nas plataformas oficiais das marcas. “As pessoas ficavam convencidas que estavam a comprar na página online da marca", explica a subcomissária.

Depois de efetuarem o pagamento, em alguns casos, por transferência bancária, ou com uma entidade e referência dada pelos cibercriminosos, as vítimas esperavam pelas encomendas que acabavam por nunca chegar ao seu destino.

A subcomissária Sónia Martins explica que, uma vez que o grupo utiliza uma VPN (Rede Virtual Privada), assim como outros métodos para mascarar a sua localização, ainda não foi possível realizar detenções.

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Aceder à informação do grupo de cibercriminosos revela-se uma tarefa complicada, mesmo que seja possível identificar o servidor onde estão alojados os websites. “As operadoras só cedem os dados com um mandado judicial. E há países onde só o fazem se quiserem", detalha Sónia Martins.

Recorde-se que, ainda em janeiro, o Portal da Queixa alertou para um aumento de reclamações que denunciavam websites falsos que usam o nome da marca Tiffosi, num esquema semelhante ao que já tinha sucedido à Stradivarius em novembro do ano passado.

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