Marcando o dia europeu do consumidor, a Comissão Europeia divulgou números do último barómetro de comércio electrónico na União. Segundo estes dados, apenas 16 por cento dos consumidores europeus recorrem à Internet para efectuar compras, enquanto a grande maioria continua pouco confiante nas plataformas online. Relativamente a Portugal, 96 por cento dos inquiridos estão com a maioria dos europeus, afirmando nunca ter feito compras online. O barómetro divulgado ontem mostra que um quarto dos consumidores que não utilizam o ecommerce o fazem por falta de confiança nas plataformas.



Os consumidores questionam a segurança dos pagamentos e a forma como a informação é tratada. Quer a sua informação pessoal, quer a informação que é disponibilizada nos sites, sobre a qual têm algumas dúvidas quanto ao rigor (resposta dada por 44 por cento dos inquiridos que afirmaram não usar o comércio electrónico).



Os resultados pouco optimistas coincidem com a determinação da presidência do Concelho Europeu em transformar o dia europeu do consumidor no ponto de partida para um conjunto de iniciativas de estímulo aos mercados digitais.



O Comissário Europeu para a saúde e consumo afirmou numa conferência em Dublin que "o desenvolvimento do ecommerce na Europa é vital para a competitividade da economia europeia", diz David Byrne. Face a esta realidade o Comissário apela às iniciativas que fomentem o aumento da confiança dos consumidores europeus, como condição essencial para fazer crescer o sector.



Apoiado nos resultados do barómetro, o Comissário falou na importância de criar marcas de confiança nas plataformas online, recorrendo à certificação independente quer ao nível da segurança, quer da qualidade. Relativamente a este indicador, metade dos inquiridos consideram importante estarem perante uma marca que considerem segura para fazer uma compra online, embora apenas 10 por cento saibam o que implica e garante um processo de certificação de segurança.



Para além do apoio a este tipo de iniciativas a Comissão pretende criar um documento que deverá divulgar mais para o final do ano, onde irão constar indicações de políticas estratégicas nesta área. O objectivo é ajudar as empresas e entidades públicas a direccionarem esforços e captarem um maior número de utilizadores.



Ao longo do ano a Comissão deverá também encetar medidas que contribuam para reduzir outros factores críticos para o sucesso do ecommerce. Segundo o barómetro, a maioria dos consumidores que afirmam não fazer compras online (cerca de 57 por cento) apontam como principal razão não terem acesso ao serviço. Uma percentagem um pouco menor (55 por cento) prefere a compra física porque lhe dá a possibilidade de seleccionar e mexer nos artigos que vai adquirir.


Os resultados do barómetro têm por base 16.124 entrevistas presenciais realizadas em 2003.



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