A NordVPN publicou um estudo sobre as ameaças à segurança e privacidade dos utilizadores, nas formas como o malware, rastreadores e anúncios intrusivos disfarçam a sua atividade. O relatório aponta os conteúdos para adultos, os sites de alojamento gratuito de vídeos e os sites que se fazem passar por marcas conhecidas, como o Office365, Gazprom e a AT&T como as principais ciberameaças.

Durante o mês de maio, o sistema de proteção da NordVPN bloqueou mais de 5 mil milhões de anúncios intrusivos, quase 40 mil milhões de rastreadores e 60 milhões de tentativas de infeção através de malware. O relatório aponta que Portugal registou quase 1 milhão de incidentes relacionados com o malware.

Apesar dos portugueses estarem entre os menos afetados na Europa, a NordVPN diz que este número de incidentes não pode ser menosprezado, por se tratarem de ameaças vitais à cibersegurança e privacidade. O roubo de dados confidenciais ou mesmo assumir o controlo dos equipamentos são alguns dos perigos do malware.

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Os três países mais afetados foram a Alemanha com quase 30 milhões, seguindo-se o Reino Unido com 18 milhões e a França com 15 milhões de incidentes. Nos dados da NordVPN, desde o início do ano até ao fim de maio, o seu sistema de proteção bloqueou mais de 24 milhões de ligações maliciosas em websites para adultos (que representa 8% de todos os websites bloqueados). Foram bloqueados 16 milhões de ligações a websites não categorizados (5%) e ainda 13 milhões a websites de serviços web (4%).

Ainda no que diz respeito à realidade de Portugal, é referido que um equipamento de um utilizador português está sujeito a 82 incidentes relacionados com malware todos os meses. Em comparação, a Ucrânia é o país mais afetado, com 786 tentativas de infeção por malware por mês.

Para tentar enganar as vítimas, os cibercriminosos utilizam nomes de marcas conhecidas com erros tipográficos. Ao clicar nas ligações de phishing acabam por descarregar ficheiros infetados. A NordVPN diz que cerca de 99% de todos os ataques de phishing recorrem a apenas 300 marcas para as suas burlas. O Office365 registou cerca de 86.000 endereços falsos. Mas o Facebook e a Bet365 constam no Top 5. As falsificações prejudicam a reputação das marcas, aponta o relatório.

Os rastreadores são também considerados uma ameaça, uma vez que invadem a privacidade dos utilizadores e recolhem informações das atividades. E estes assumem a forma de scripts especiais, cookies do navegador ou pixéis de rastreamento. A NordVPN bloqueou rastreadores em serviços de alojamento gratuito de vídeos (28%), serviços de armazenamento online (13%) e motores de pesquisa (13%). Desde o início do ano foram bloqueados 39 mil milhões de rastreadores em websites de alojamento gratuito de vídeos e 18 mil milhões em serviços de armazenamento online.

Relativamente a anúncios invasivos, muitos deles que surgem inesperadamente e bloqueiam a página que está a visitar, comuns em websites de alojamento gratuito de vídeos, a empresa mais de 4 mil milhões.