Caracterizada como uma epidemia, a cópia ilegal de filmes na Internet continua a aumentar, acompanhada por uma tendência de redução progressiva do aluguer e da frequência de cinemas. As conclusões são confirmadas por um estudo revelado recentemente pela Motion Picture Association of America (MPAA) em conjunto com a OTX, uma empresa de estudos de mercado.



De acordo com este relatório, um em cada quatro utilizadores já fez o download de um filme através da Internet, sendo essa percentagem mais elevada na Coreia, onde um em cada dois internautas já recorreu a redes peer-to-peer para descarregar um vídeo protegido por direito de autor, mostra este estudo realizado em oito países. As estimativas actuais indicam que 2,6 mil milhões de ficheiros de vídeo sejam copiados mensalmente em redes P2P, indica ainda a associação da indústria cinematográfica.




John Malcolm, vice-presidente sénior e director das operações anti-pirataria da MPAA, caracterizou o crescimento da pirataria de filmes como uma epidemia em crescimento. A associação tem tentado combater esta tendência através de várias medidas. "Estamos a aumentar o conhecimento sobre as consequências do envolvimento nesta actividade ilegal através dos nossos esforços de educação e as acções legais para defesa dos direitos de autor", reforçou John Malcolm, em comunicado.



A análise abarcou 3.600 utilizadores na Alemanha, Austrália, Coreia, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Dos inquiridos, mais de metade afirma que vai continuar a fazer download de filmes pela Internet e 17 por cento que ainda não o faz espera vir a fazer estas cópias no próximo ano, revela o estudo.



Apesar dos esforços de divulgação dos problemas relacionados com a cópia ilegal de filmes, trinta e oito por cento dos utilizadores que já fazem estes downloads considera aceitável fazer estas cópias antes dos filmes serem exibidos no cinema, enquanto 48 por cento estão convencidos que a cópia antes do filme sair para o circuito de aluguer e venda é correcta.



Os utilizadores que responderam ao inquérito admitem ainda que a cópia de filmes na Internet acaba por reduzir a frequência dos cinemas e o recurso aos sistemas de aluguer. Dezassete por cento dos que fazem download de filmes vão menos ao cinema e 26 por cento compra e aluga vídeos com menor frequência.

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