Formalmente apresentado hoje, mas online há uma semana, o Projecto Internet Segura quer criar uma mais consciência sobre a segurança na Internet, juntando várias entidades num consórcio que criou e mantém um portal web e uma linha de alerta, como o TeK já tinha noticiado.

Pedro Veiga, presidente da FCCN - Fundação para a a Computação Científica Nacional, partilhou hoje os números das denúncias recebidas na primeira semana, por email, telefone e Internet, que se aproximaram das três centenas. Destas, 126 foram descartadas, sendo aceites pela equipa para análise 160 denúncias, que resultaram já em 7 casos de pornografia infantil, um de apologia da violência e 11 de racismo.

"Não faz sentido extrapolar estes números, porque é só a primeira semana de actividade da Linha Alerta Internet Segura", afirma Pedro Veiga que promete para mais tarde uma divulgação de novas estatísticas.

O Projecto Internet segura é coordenado pela UMIC, envolvendo a equipa CRIE - Computadores, Redes e Internet na Escola da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação, a FCCN e a Microsoft. A ideia tinha já sido submetida à aprovação da Comissão Europeia, que financia o projecto no âmbito do porgrama Safer Internet Plus, e o portal ficou online no passado dia 27.

O consórcio formado pelas várias entidades está ainda a finalizar protocolos com outras organizações ligadas à protecção dos jovens, como o Instituto de Apoio à Criança e o Instituto de Apoio à Vítima. Está também previsto para breve a assinatura do protocolo com a INSAFE, o que permitirá integrar a rede internacional.

Luis Magalhães, presidente da UMIC, lembrou na apresentação do projecto que o Internet Segura tem como eixos fundamentais a Educação, Formação e Informação, e que a Internet não traz novos riscos, replicando aqueles que já existem na sociedade embora amplificados pela dimensão das relações propiciadas pela rede mundial.

Também Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico onde se insere esta linha de acção, partilha da mesma ideia, reafirmando que existem perigos na Internet mas que as oportunidades são muito superiores. O responsável alertou porém para que não se deve cair na tentação de criar uma "polícia da rede", até pelos efeitos de abafamento que pode ter, disseminando-se em alternativa iniciativas como a Internet Segura onde uma colaboração entre as várias entidades pode tornar a comunidade mais segura.

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