Unidas na Open Internet Coalition, 54 empresas ligadas à área de Internet enviaram esta semana uma carta ao Congresso norte americano onde pediam a criação de medidas que assegurem o acesso universal, a preços mais baixos, dos cidadãos à banda larga. A coligação, que inclui empresas como a Amazon, Google, eBay e Skype, pretende que seja desenvolvido um conjunto de legislação que ajude a acelerar a difusão da banda larga junto dos americanos face à queda da posição does Estados Unidos no índice de nações mais ligadas da OCDE.

Ao contrário da Europa, onde a Comissão Europeia desenvolveu uma série de iniciativas com vista a aumentar a ligação de cidadãos e empresas à Internet, nos Estados Unidos o principio passa por deixar o mercado funcionar, mas parece que esta política não está a ser eficaz para garantir o crescimento deste mercado.

No último ano os Estados Unidos caíram para 15º lugar na lista de países com maior índice de acesso de banda larga por habitante, medido pela OCDE e a inexistência de políticas para promoção de maior ligação preocupa as empresas.

A carta agora enviada ao Congresso é apenas a primeira de uma série de iniciativas que a coligação quer desenvolver e que passam também pela defesa da neutralidade da Internet e a garantia de maior qualidade através da concorrência.

Segundo as análises de alguns dos membros da coligação, o facto dos operadores de cabo e DSL controlarem 96 por cento dos assinantes de banda larga faz com que os preços sejam mais elevados para menor largura de banda do que em alguns países.

Em 2004 o presidente Bush estabeleceu um como meta a disponibilização universal da banda larga até 2007, mas segundo os membros da coligação, pouco ou nada foi feito para concretizar este objectivo que as empresas querem agora recuperar.

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