Especialistas em segurança informática alertaram esta semana para uma nova ameaça informática, aparentemente terá criada para recolher informação para futuros ataques a sistemas de controlo industriais.

A notícia e semelhanças apontadas entre o novo vírus e o worm Stuxnet, alegadamente criado com o objetivo de atacar o programa nuclear iraniano, estão a relançar a discussão sobre a "cyberguerra" e a espionagem online.

O novo e sofisticado vírus - nomeado Duqu, em "homenagem" ao prefixo DQ que inlui nos ficheiros que cria - foi detetado por especialistas da McAfee e da Symantec, que concordam que a ameaça terá sido criada com o propósito de recolher dados para futuros ataques a sistemas de controlo industriais, reporta a AFP.

"Isto parece ser uma fase de reconhecimento para uma coisa muito maior", afirmou o analista sénior da McAfee, Adam Wosotowsky, em entrevista à agência.

Segundo os especialistas, algumas das partes do código analisadas são idênticas ao do Stuxnet, considerado um dos mais complexos e sofisticados vírus identificados até à data e que, alegadamente, terá sido deliberadamente criado para atacar infraestruturas industriais.

"A ameaça foi criada pelos mesmos programadores, ou por alguém que teve acesso ao código-fonte do Stuxnet e parece ter sido criado desde que o último ficheiro do Stuxnet foi recuperado", escreve a Symantec no seu site, onde defende a mesma tese defendida por Adam Wosotowsky.

O objetivo do Duqu é reunir informação sobre dados e bens de organizações, como os nomes das fabricantes dos seus sistemas de controlo, para facilitar um futuro ataque, detalham os especialistas.

De acordo com a Symantec o vírus será dirigido a um número limitado de organizações (devido aos seus bens). A McAfee afirmou que ainda está a estudar a forma como o malware se disseminou para chegar a uma conclusão.

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