Segundo os dados apurados pela instituição de ensino, num estudo realizado no ano letivo de 2000/2001, a turmas do 7º e do 10º ano, 31% dos alunos admitiu conhecer um colega que já foi "gozado ou ameaçado na Internet".

Já 13% dos estudantes do 10º ano referem já ter sido ameaçados, pelo menos numa ocasião, no ciberespaço, sendo essa percentagem mais significativa (19%) no caso dos jovens dos Cursos Profissionais.

Na análise, que faz parte da tese de doutoramento "Bullying nas Escolas: Prevenção e Intervenção", de José Ilídio Sá, ressalva-se que o cyberbullying traduz inquestionavelmente uma forma mais complexa de bullying. "Em muitos casos, surge como a continuação do bullying presencial, mas noutras situações desponta como o 'espaço predileto do agressor'", sublinha o diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida (Espinho).

O anonimato ou a falsa identidade do ofensor, a enorme quantidade de observadores presentes, a velocidade viral de propagação das ofensas, agressões e humilhações, ou mesmo a facilidade de acesso e a facilidade de acesso à Internet, smartphones com câmara fotográficas e de vídeo, tablets e a quantidade de postos com computadores disponíveis "tornam esta problemática muitíssimo difícil de combater e erradicar".

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico