A Comissão Europeia aceitou uma proposta dos Estados Unidos que visa compensar as perdas das empresas europeias resultantes das restrições impostas pelos norte-americanos no que se refere aos jogos online.



A oferta prevê que os EUA facultem oportunidades de negócio à Europa noutros sectores de forma a compensarem os prejuízos que causaram ao fechar as portas da indústria de jogos a empresas estrangeiras.



Em comunicado a CE indica que foi acordado um "pacto bilateral" que oferece "novas oportunidades de negócio" nos segmentos norte-americanos de correios, investigação, desenvolvimento e armazenamento. No mesmo documento, o organismo europeu indica que os Estados Unidos prometem ainda algumas concessões noutros sectores.



Mesmo assim, a Comissão indica que vai continuar a pressionar os Estados Unidos no sentido de criar uma política "não discriminatória" no segmento de jogos online.



A luta entre as duas partes teve início em 2005, altura em que a Organização Mundial do Comércio determinou que a lei norte-americana que impedia a entrada de empresas estrangeiras no sector era discriminatória.



No ano passado, o Congresso norte-americano apertou ainda mais o cerco e informou que as empresas de crédito e os bancos estavam proibidas de permitir pagamentos em sites de jogos. Mais recentemente, Washington anunciou que estava a excluir de forma retroactiva serviços de jogos provenientes de compromissos de abertura de mercado dos quais fazia parte desde 1994. Ao invés desse compromisso, o país preferiu iniciar uma política de compensações com a Europa e com países como o Japão e a Índia.



No seguimento destas opções nacionais, sites como o Bwin viram-se obrigados a fechar as portas o que, no caso do site de apostas, resultou num prejuízo de 500 milhões de euros.



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