No mesmo dia em que se assinala o Dia Internacional da Proteção de Dados, o Eurostat divulga novos dados relativos a 2019 e às preocupações dos europeus em relação às compras online. Portugal destaca-se de todos os restantes países, já que 23% dos portugueses optou por não realizar este tipo de compras através da Internet, quando a média da União Europeia não chegou aos 10%, e no caso da Estónia a não ultrapassar o 1%.

Em segundo lugar surge a Espanha, mas, ainda assim, distante do caso nacional, com cerca de 16% dos espanhóis a decidirem não fazer compras online pela mesma razão. O top 3 termina com a Húngria. Por outro lado, a Dinamarca, a Polónia e a Estónia estão na ponta oposta, sendo os países que menos medo têm de pagar compras online.

Online shopping and payment security concerns | Eurostat 2020
Online shopping and payment security concerns | Eurostat 2020 Percentagem de pessoas que decidiram não comprar online por preocupações de segurança em 2019

Os dados agora divulgados demonstram que um dos motivos que levaram as pessoas a não comprarem online nos últimos 12 meses está relacionado com questões de segurança ou de privacidade. Neste caso, 6% dos europeus com idades entre os 16 e 74 anos não investiram no comércio online, quando em 2017 e 2009 as percentagens foram de 7% e 11%, respetivamente. Chega-se à conclusão que, no geral, os europeus estão menos preocupados com o processo das compras online.

Compras online foram o principal motivo das reclamações no Portal da Queixa em 2019
Compras online foram o principal motivo das reclamações no Portal da Queixa em 2019
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As preocupações com a segurança do pagamento foram o segundo motivo mais frequente em 2019, seguidas da falta de competências das entidades para o fazer ou eventuais problemas nas entregas dos produtos.

Os dados surgem depois de em 2019 as compras online terem sido o principal motivo das reclamações no Portal da Queixa em Portugal, contrariando a tendência dos últimos anos relativa às operadoras de telecomunicações. Mas a Comissão Europeia parece estar atenta aos riscos do comércio online e, no início deste ano, anunciou novas regras para proteger o consumidor.