Nos últimos anos o Facebook tem vindo tomar uma série de medidas para evitar abusos relacionados com a privacidade dos dados dos utilizadores, relacionadas com o compromisso feito após o escândalo Cambridge Analytica. Agora, a empresa liderada por Mark Zukerberg deu a conhecer que voltou a recorrer aos tribunais, em mais um caso de violação das políticas das suas plataformas.

No processo aberto no Tribunal Distrital para o distrito da Califórnia do Norte, o Facebook alega que Ensar Sahinturk, um programador de software turco, roubou dados e publicações de mais de 100.000 contas de Instagram públicas e usou-as para alimentar uma rede de “clones” da rede social.

A empresa explica que se deparou com a rede de pelo menos 20 “clones” do Instagram em novembro de 2019. Entre os websites operados por Ensar Sahinturk estavam páginas como jolygram.com, que estava em uso desde agosto de 2017. O mais recente, finalgram.com, começou a ser utilizado em outubro de 2019.

O programador terá conseguido contornar as medidas de segurança do Instagram através de software automatizado que “mascarava” os pedidos efetuados aos servidores do Facebook, fazendo-os passar por interações de utilizadores que na verdade eram falsos. Em declarações ao website TechCrunch, a empresa indicou que o número de pedidos diários era elevado, atingindo, por exemplo, a 9.000 em apenas um dia.

No ano passado, o Facebook desativou cerca de 30.000 contas falsas de Instagram operadas por Sahinturk, tendo também enviado múltiplas notificações extrajudiciais. O custo de toda a operação para travar as ações do programador ascendeu aos 25.000 dólares e a empresa espera ser indemnizada.

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Ainda em agosto deste ano, o Facebook processou dois conjuntos de programadores externos por violarem as políticas da empresa.

O primeiro caso relacionava-se com a MobiBurn, que estaria a recolher dados dos utilizadores do Facebook e de outras redes sociais, obrigando os programadores a incluir software malicioso nas aplicações.

Já o segundo estava relacionado com Nikolay Holper, que operava um serviço de interações falsas conhecido como Nakrutka. O programador usou uma rede de bots e de software de automação para falsificar e distribuir likes, comentários, visualizações e seguidores no Instagram.

Em julho, o Facebook admitiu que cerca de 5.000 programadores tiveram acesso a dados que incluíam as línguas faladas pelos utilizadores, o seu género, a sua data de nascimento, assim como o seu endereço de correio eletrónico.

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