Quem garante o lançamento é a Agência de Proteção de Dados de Hamburgo (Alemanha) que, em declarações ao The Wall Street Journal, afirma que foi a própria Google a assegurar-lhe que iria disponibilizar tais mecanismos aos seus utilizadores, no prazo de duas semanas.

A ser verdade, a gigante das buscas tenta assim adaptar-se ao cenário imposto pela recente decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, de que a empresa norte-americana também tem responsabilidade por indexar e facilitar o acesso a ligações online com dados pessoais.

Em causa estava a informação sobre um leilão de bens de um internauta espanhol que foi marcado como consequência de uma penhora que resultou de dividas à segurança social. A dívida foi paga e o caso resolvido, mas a informação permaneceu online, levando o utilizador a queixar-se à proteção de dados do seu país, por considerar que perpetuava uma suspeição ao seu bom nome.

A Google recusou o pedido de remoção dos dados e o caso seguiu para a justiça europeia, que acabou por decidir que a empresa tem de remover as ligações a páginas com informação pessoal, nos casos em que esta for incompatível com a diretiva europeia de proteção de dados.

Nas horas que se seguiram à divulgação da decisão do tribunal europeu, em defesa do direito a ser-se esquecido na Internet, foram vários os pedidos que chegaram aos escritórios do Google por parte de cidadãos nesse sentido.

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