O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, manifestou o apoio à teoria da psicóloga infantil Tanya Byron que frisa a necessidade de ser criada uma estratégia nacional que proteja as crianças online. As opiniões da especialista foram fundamentadas num relatório, resultante de um estudo de seis meses, que é agora apoiado pelo Governo britânico.



O responsável, citado pelo jornal britânico The Guardian, refere que os operadores de Internet têm de assumir maior responsabilidade no que se refere aos acessos online, de forma a assegurar a protecção dos menores face a conteúdos violentos ou explicitamente sexuais.



Para isso, o governo britânico tem em vista a criação de normas específicas que endureçam os controlos já existentes, tanto online como na classificação etária de filmes e videojogos.



De acordo com Gordon Brown, é necessário que sejam tomadas medidas específicas que confiram aos pais e professores o acesso às ferramentas necessárias que lhes permitam controlar o tipo de conteúdos a que os menores acedem. Para isso, e com base na análise de Tanya Byron, será necessária a obrigação de fornecer informações detalhadas acerca dos produtos, fazendo com que os educadores tenham uma percepção do tipo de conteúdos acedidos ou utilizados pelos jovens.



Outras medidas necessárias, no entender da psicóloga, serão a evangelização das tecnologias de bloqueio a sites junto dos pais e educadores, filtros que, por enquanto, não são suficientemente conhecidos por parte do público, e a criação de códigos deontológicos para redes sociais e plataformas da mesma natureza. O objectivo era fazer com que fossem criadas barreiras que alertassem os utilizadores para o tipo de conteúdos que estes podem aceder.



Para já, a proposta de Tanya Byron será alvo de uma análise junto das câmaras do Parlamento britânico, o que impede que as suas sugestões venham a ser adoptadas num futuro próximo dadas as burocracias associadas a este tipo de consultas. Contudo, o ministro da educação Ed Balls já veio a público referir que o governo está comprometido a implementar as recomendações da psicóloga, incluindo a criação de um Conselho Regulador de conteúdos. Os valores a investir neste plano não foram desvendados.



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