As autoridades chinesas emitiram uma notificação que obriga as empresas de jogos online do país a criar sistemas que limitem o tempo que os utilizadores usufruem das plataformas. O objectivo é combater o vício do jogo, uma meta que tem motivado diversas campanhas.



A medida tem o alvará dos ministérios da Educação, da Segurança Pública e de outros órgãos governamentais chineses e prevê o desenvolvimento de uma defesa online que restrinja o tempo de jogo "dos menores de idade e daqueles a quem falta a autodisciplina", disse Kou Xiaowei, representante da Administração Estatal da Imprensa e de Publicações.



Entre as possibilidades de restrição estão o cancelamento de créditos e de pontuações nos jogos, no caso dos utilizadores passarem as três horas diárias a jogar (o máximo permitido), e o registo obrigatório dos utilizadores. Neste sentido, os jogadores deverão utilizar o seu nome verdadeiro, acompanhado do número do seu documento de identificação de forma a validar a sua entrada no canal.



O governo chinês deu dois meses às empresas para desenvolverem o software de restrição necessário, escreve o jornal El Mundo.



O tempo de jogo máximo permitido foi estabelecido com base num inquérito desenvolvido no país que deu a conhecer que, em média, 64 por cento dos utilizadores chineses passam cerca de 180 minutos diários ligado à Internet.



O governo chinês adianta que 14 por cento da população jovem chinesa é viciada em videojogos e que, para combater essa tendência, deverá ser proibida, durante este ano, a abertura de novos cibercafés em todo o território. A criação de centros de "desintoxicação" para viciados em jogos é outra das metas do país.

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