Depois de procuradores-gerais de 21 Estados e do Distrito de Colúmbia recorrerem à justiça para bloquear a decisão da Federal Communications Commission (FCC) de pôr fim à neutralidade da rede nos EUA, o Estado de Nova Iorque vai exigir aos fornecedores de acesso à internet que mantenham a neutralidade neste serviço.

A decisão do democrata Andrew Cuomo, semelhante à do governador do estado do Montana, Steve Bullock, também democrata, tem como objetivo proteger os consumidores, usando as candidaturas a concursos estatais como uma forma de pressionar as empresas de Internet.

"A perigosa decisão da FCC vai contra os valores centrais da nossa democracia e Nova Iorque vai fazer tudo o que puder para proteger a neutralidade da internet e a livre troca de ideias", disse Cuomo.

Mesmo depois da ordem executiva de Cuomo, a democrata de Albany, a congressista Patricia Fahy, anunciou propostas legislativas que irão obrigar as empresas da internet que tenham negócios com as autarquias locais, a serem neutrais nas condições de acesso e tráfego da rede. A decisão é apoiada pelo governador nova-iorquino.

A 14 de dezembro do ano passado, a FCC decidiu revogar uma lei aprovada em 2015, durante a Administração de Barack Obama que defendia a neutralidade da rede.

A decisão da entidade reguladora das comunicações dos Estados Unidos tem gerado vários protestos, quer por parte de cidadãos, quer pela parte de gigantes tecnológicas, como a Google e o Twitter.