Depois do anúncio de que a entidade reguladora das comunicações dos Estados Unidos, Federal Communications Commission (FCC), tenciona revogar uma lei aprovada em 2015, que garante a neutralidade dos fornecedores de internet (e de banda larga, onde se inclui a televisão por cabo) aos consumidores, seguiram-se os protestos com milhares de pessoas na rua.

Agora, utilizadores de internet, sites e fóruns online estão a preparar-se para participar no "Break the Internet", um protesto online em massa que começa amanhã, 12 de dezembro, e que se vai prolongar por dois dias, até ao voto da FCC.

O protesto, que exige que o Congresso tome medidas para impedir o voto da FCC, tem o apoio dos principais sites e plataformas de redes sociais, com as demonstrações a assumirem variadas formatos.

Portugal usado como exemplo de não neutralidade da internet pelos EUA
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"Os utilizadores do Facebook e do LinkedIn vão alterar o status do relacionamento para "casado (com a neutralidade da rede)” ou vão adicionar um novo trabalho: o de "defender a neutralidade da rede”, esclareceu a plataforma Fight for the Future em comunicado.

Páginas como Imgur, Mozilla, Pinterest, Reddit, GitHub, Etsy, BitTorrent, entre outros, têm incentivado à “inundação” das linhas telefónicas do Congresso através de widgets criativos e banners que mostram as consequências da decisão do presidente da FCC, Ajit Pai.

tek internet

O Twitter, está a promover a manifestação e a incentivar à participação dos utilizadores com a hashtag #BreaktheInternet.

A neutralidade da Internet é um princípio, segundo o qual o tráfego de internet não pode ser discriminado em função da sua origem ou tipo. Ou seja, os prestadores de serviços de acesso à internet não podem tornar uma ligação web mais lenta ou bloqueá-la em função do tipo de conteúdo, aplicação ou serviço que o cliente está a usar ou a gerar. É o princípio da internet aberta.