A inteligência artificial é um dos temas principais da conferência Portugal Digital Summit, que o SAPO TEK está a acompanhar a partir da Exponor. A IA generativa, que explodiu com o lançamento do ChatGPT da OpenAI, tem vindo a transformar a vida das pessoas, empresas e governos.
As novas plataformas permitiram o acesso mais fácil a essa tecnologia, disponível não apenas nos equipamentos que usamos no nosso dia-a-dia, como também integrados no nosso corpo. E foram dados exemplos pelo presidente da ACEPI, Alexandre Nilo Fonseca, nomeadamente na área da saúde, desde os implantes de retina, nanorobots e outros sensores que evitam exames invasivos.
Para a presidente do conselho diretivo do .PT, Luísa Ribeiro Lopes, a IA vai conseguir criar valor em áreas onde nunca se pensou ser possível. Em entrevista ao SAPO TEK, Luísa Ribeiro Lopes reiterou que a IA não apenas veio para ficar, como “já cá anda há muito tempo. Quando nós encomendamos alguma coisa numa plataforma de entrega e nos sugerem a última coisa que comprámos, isto é inteligência artificial”.
Veja a entrevista completa no vídeo a Luísa Ribeiro Lopes, presidente do conselho diretivo do .PT:
O que agora se alterou foram as plataformas de IA generativa “que de repente se democratizaram e todos nos hoje temos acesso às cerca de 7.000 aplicações de inteligência artificial generativa, disponíveis a qualquer cidadão ou cidadã. Por isso sim, veio para ficar”.
Ainda assim, Luísa Ribeiro Lopes salienta os desafios que a tecnologia tem pela frente. Primeiro destacou a ajuda que a IA generativa vai dar às pessoas, na área da saúde, social, educação, mobilidade, etc., por retirar as tarefas que não se gosta tanto de fazer e oferecer melhor qualidade de vida.
Mas a ética e a responsabilidade são os principais desafios a superar, na colheita e tratamento dos dados para se conceberem as aplicações. E os algoritmos que são criados “como são criados”, salientando a necessidade de transparência para as pessoas confiarem na IA. “Todos nós temos enviesamentos de diferentes naturezas e se os algoritmos são criados por pessoas, é natural que transportemos para a IA esses enviesamentos, o que só pode amplificar desigualdades”.
“A liberdade, democracia e igualdade tem de ser algo que a IA tem de promover”, salienta Luísa Ribeiro Lopes, mas é também necessário incluir as pessoas, trazê-las para o digital, dar-lhes capacitação e não deixar ninguém para trás.
Por fim, destaca que a internet em Portugal está bem, com o país acima da média da União Europeia, “o que é ótimo, mas ainda não é excecional, pois queremos chegar aos 10 primeiros, queremos estar no topo da Europa em termos de utilização de internet, conetividade, oferta de serviços públicos e digitais pelas empresas”. Um dos objetivos é diminuir as chamadas zonas brancas, os locais do país onde a internet ainda não chega à população.
Clique para ver imagens dos momentos principais do Portugal Digital Summit’23, registados pela equipa do SAPO TEK
O SAPO TEK vai acompanhar os dois dias do Portugal Digital Summit’23, a partir da Exponor. Pode ver todas as notícias aqui e assistir à transmissão em direto do evento.
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