O Governo indiano estará a pressionar os principais gigantes da Internet, no sentido de tomarem medidas que assegurem uma monitorização prévia dos conteúdos que publicam. A medida permitiria remover conteúdos considerados inadequados, onde se incluem dados difamatórios, de incitamento a ações ilegais ou ofensivos.


Entre as empresas visadas pelo pedido, reportado pela imprensa local estarão o Facebook, a Google, a Microsoft ou a Yahoo. O interlocutor por parte do governo indiano é o ministro das telecomunicações, Kapil Sibal.



De acordo com as mesmas fontes, os representantes das empresas convocadas para o encontro terão argumentado que não é viável pré-analisar toda a informação publicada pelos seus serviços pelo volume de dados que isso representa. Defenderam ainda que não deve caber às próprias empresas definir o que é ou não difamatório ou abusivo.



Essa avaliação deve ser feita pelos tribunais, como acontece hoje, que quando existem queixas as apreciam, decidindo se o conteúdo deve prevalecer online, ou deve ser retirado.

O contacto directo dos visados é outra forma de reporte de conteúdos abusivos às empresas que os gerem, mas num e noutro caso estão em causa medidas à posteriori e não à priori, impostas antes mesmo dos conteúdos serem publicados.



Os argumentos não terão convencido o responsável político que manteve o pedido de um maior controlo no que se refere à oferta de conteúdos por parte dos prestadores internacionais.



Algumas notícias indicam mesmo que a intenção do governo indiano é convencer as multinacionais a contratar equipas de pessoas que "filtrem" os conteúdos que estas publicam.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico