Ultrapassada a questão do acesso básico à Internet, os organismos da Administração Pública Central e Regional e as Câmaras Municipais registaram grandes evoluções no que diz respeito à utilização das TIC nos últimos anos, de acordo com um inquérito recente promovido pela UMIC.

Segundo a análise, realizada entre Setembro e Novembro de 2008, 75 por cento da Administração Pública Central possuiu ligações em banda larga superiores ou iguais a 2 Mbps. O mesmo acontece em 59 por cento dos organismos na Madeira e em 42 por cento nos Açores.

Nas câmaras municipais, a banda larga marca presença em 84 por cento das instituições, número que duplica os valores registados pela UMIC em 2005.

Na Administração Pública Central, 79 por cento dos organismos diz comunicar pela Internet com as empresas, enquanto 77 por cento o faz para interagir com os cidadãos. Em ambos os casos, os valores triplicam os registados no inquérito anterior.

Face a 2005, o número de organismos que efectuam encomendas de bens e serviços através da Internet duplicou, tanto na Administração Pública Central (48%), como nas autarquias (28%).

Nas Câmaras Municipais, a Internet é fundamentalmente utilizada para actividades de pesquisa e de comunicação, como o correio electrónico (99%), procura e recolha de informação/documentação (98%), troca electrónica de ficheiros (96%), comunicação externa com outros municípios, juntas de freguesia e organismos da AP Central (83%) e interface com o cidadão (71%).

As compras electrónicas e a venda de bens e serviços foram as actividades online que mais cresceram entre as autarquias. As compras electrónicas aumentaram duas vezes e meia face a 2005, fazendo-se agora em 35 por cento das Câmaras, enquanto a venda de bens e serviços cresceu 58 por cento, realizando-se em 19 por cento dos municípios.

O correio electrónico (84%), o download e impressão de formulários (83%), a subscrição de newsletters (58%) e a consulta pública (54%) são os principais serviços disponibilizados nos sites das Câmaras Municipais.

Destaque para o preenchimento e submissão de formulários online, já possível em 31 por cento dos portais camarários, e para os fóruns de discussão entre o executivo municipal e os cidadãos, promovidos em 15 por cento dos sites, serviços que registaram crescimentos de, respectivamente, 48 e 50 por cento face a 2005.