Com a Internet a ser "inundada" por conteúdos sobre o COVID-19, são várias as estratégias que as redes sociais têm tomada para garantir que a desinformação não se instala nas plataformas online. Esta terça-feira foi a vez do Instagram anunciar novas atualizações para manter as pessoas "informadas, seguras e apoiadas". Uma delas é o lançamento de uma "forma de navegar" na rede social através de videochamada, o Co-Watching.

De forma a ajudar os internautas a manterem contacto com aqueles que mais gostam, a rede social lançou um novo recurso que permite ao utilizador ver em conjunto com os seguidores as publicações do Instagram através de videochamadas. Para além disso, o Instagram lançou ainda o sticker "Stay Home" para as pessoas que estão em casa o partilharem nas histórias, depois partilhadas também elas num conjunto de stories do Instagram.

"Assim, poderá ver de que forma os seus amigos estão a adotar o distanciamento social", escreve a rede social do Facebook.

Co-Watching
Co-Watching

Com um foco claro em diminuir a partilha de desinformação, o Instagram decidiu remover das recomendações todos os conteúdos e contas sobre a COVID-19, com exceção daqueles publicados por "instituições de saúde credíveis". Por outro lado, a rede social está a lançar novos stickers para ajudar a que as pessoas partilhem informação fidedigna sobre o COVID-19.

Numa altura em que a pandemia está sobretudo a afetar a Europa, o Instagram, que procura também assegurar o acesso a informação de qualidade, decidiu ainda adicionar um aviso no topo do feed para os países com casos confirmados da COVID-19. Incluídos estão recursos "confiáveis de organizações de saúde especializadas", garante a rede social, que destaca ainda documentos dessas instituições quando as pessoas têm acesso a hashtags relacionadas.

Veja na fotogaleria as apostas da rede social

Na publicação do blog da rede social, o Instagram esclarece, no entanto, que desde que a Organização Mundial da Saúde declarou o novo Coronavírus como uma emergência em Saúde Pública tomou várias medidas. E tendo em conta o enorme impacto das fake news e da desinformação as empresas tecnológias e redes sociais juntaram-se recentemente numa iniciativa que quer combater estes "inimigos". Dela fazem parte o Microsoft, Facebook, Reddit, Twitter, YouTube e LinkedIn.

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Antes disso, as empresas já tinham tomado algumas medidas individuais para combater a desinformação. O Facebook já tinha manifestado o suporte à Organização Mundial de Saúde, destacando-a como a principal fonte a seguir no que diz respeito a informações sobre o coronavírus, destacando as suas notícias com prioridade a todos os utilizadores. O Pinterest também tomou a iniciativa de curar a informação verdadeira, de forma a ajudar os seus utilizadores a lidar com o surto, a detetar sintomas e medidas de ação.

A Amazon tem estado atenta às burlas relacionadas com a venda de produtos que indiquem curar o coronavírus, avisando as respetivas empresas da sua retirada se mantivessem descrições enganosas, incluindo máscaras e garrafões de desinfetante.

Até em Portugal têm surgido iniciativas conjuntas das tecnológicas portuguesas para criar soluções contra o Covid-19. Tudo terá começado com uma conversa informal entre fundadores de startups tecnológicas, mas rapidamente evoluiu para se tornar num movimento com mais de 120 empresas e 600 pessoas de várias áreas distintas a trabalhar em conjunto para ajudar o país na luta contra o COVID-19, contando com 12 projetos em desenvolvimento.