
Embora qualquer dispositivo com capacidade para se conectar a uma rede esteja vulnerável a ataques conduzidos pelas mentes sombrias do universo online, a Internet das Coisas (ou IoT) abre as portas de um novo mundo repleto de ameaças para as quais podemos ainda não estar sensibilizados.
Num documento publicado esta semana, o BITAG, um grupo formado em 2010 por nomes sonantes como Google, Cisco, AT&T, Mozilla, Disney e MIT, explica que, apesar da IoT ser considerada um catalisador da inovação, ainda existem algumas “arestas” que precisam de ser limadas antes de poder disseminar-se pelo mundo fora e reconfigurar a realidade como hoje a conhecemos.
Uma análise empreendida pelo BITAG conclui que alguns dos dispositivos de IoT são produzidos com software desactualizado ou que rapidamente se torna obsoleto. Desta forma, os especialistas afirmam que é fundamental que estes equipamentos “saiam das fábricas” com os programas mais recentes, mitigando eventuais fragilidades e protegendo o utilizador de ataques.
As comunicações também são apontadas como um potencial problema. No âmbito deste novo paradigma tecnológico, o BITAG explica que algumas das funcionalidades de comunicação entre os dispositivos de IoT não passam por um processo de encriptação, os que põe em risco a integridade dos dados que correm nesta rede dispositivos “smart”.
A implementação de protocolos de encriptação torna estas comunicações mais seguras e menos propensas a fugas de dado, o que, por sua vez, protege a privacidade dos utilizadores.
O grupo refere também que as práticas de defesa contra malware ainda não são as melhores, e que os produtores de dispositivos da esfera da IoT devem investir na implementação de software que proteja os dados dos utilizadores e impeça acessos indevidos aos dados que circulam pela rede de dispositivos.
A IoT enquadra-se na visão de um futuro totalmente conectado, em que todos os dispositivos electrónicos comunicam entre si e tudo o que antes não era vai passar a ser “smart”.
Tendo em conta que tudo passará a ser suportado pela conectividade, desde as nossas casas aos nossos locais de trabalho e cidades, o que acontecerá se essa conectividade for quebrada ou rompida? Pode uma cidade ficar completamente “inoperacional” e as suas redes vulneráveis a ataques?
Para evitar essa possibilidade nada animadora, o BITAG sublinha a importância de dotar estes dispositivos da capacidade para continuarem a desempenhar as suas funções mais básicas mesmo em caso de corte e conectividade.
Deve notar-se que o BITAG não tem qualquer poder executivo. Contudo, estas recomendações podem promover o debate acerca das melhores e mais seguras práticas para levar a IoT ao próximo nível.
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