A Turquia mantém "cativo" o acesso a 3.700 sites por "motivos políticos e arbitrários". A acusação é feita pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que considera que as leis que regulam a Internet naquele país não estão a preservar a liberdade de expressão, devendo ser revistas ou abolidas.
"Na sua forma actual, a Lei 5651, mais conhecida como Lei da Internet, não só limita a liberdade de expressão como restringe severamente os direitos de acesso à informação dos seus cidadãos", refere um porta-voz da OSCE em comunicado, citado pela Reuters.
A organização refere que a candidata à União Europeia está a bloquear o acesso a cerca de 3.700 sites, entre os quais serviços da Yahoo, como o GeoCities, e do Google, como o YouTube, porque a lei vigente em Ancara é "demasiado ampla e sujeita aos interesses políticos".
"Algumas das razões oficiais para bloquear a Internet são arbitrárias e políticas, e portanto incompatíveis com os compromissos da OSCE para com a liberdade de expressão", acrescenta-se.
A organização diz que a lei turca não consegue salvaguardar os direitos humanos, e que numerosas cláusulas da legislação estão a ser usadas contra os jornalistas, que correm o risco de prisão como resultado. "Recomendamos por isso a reforma ou a abolição da Lei da Internet, para garantir que os turcos possam fazer parte da moderna Sociedade da Informação".
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