A dona do Facebook, Instagram e WhatsApp vai enfrentar uma nova ação judicial nos Estados Unidos. Desta vez foram 41 estados que acusam a Meta de afetar mentalmente os jovens utilizadores e que a empresa tem enganado o público sobre a segurança nas suas plataformas.

Na ação é referida que a Meta desenhou e lançou funcionalidades prejudiciais no Instagram e Facebook que viciam as crianças e adolescentes em detrimento da sua saúde mental e física.

O procurador geral da Califórnia, Rob Bonta, deu entrada no tribunal federal da Califórnia a ação assinada por 33 estados do país, incluindo Arizona, Colorado, Geórgia, Ohio, Nova Iorque, etc. Uma outra ação paralela foi submetida no tribunal da Flórida, reunindo assinaturas de outros tantos estados, como Utah, Tennessee e Vermont.

Os advogados procuram medidas e compensações monetárias para endereçar as más condutas da Meta. As acusações resultam de uma investigação levada a cargo por Rob Bonta. “A Meta tem vindo a causar danos às nossas crianças e adolescentes, cultivando adição para aumentar os seus lucros corporativos”, disse o procurador geral da Califórnia. “Com a ação de hoje estamos a traçar uma linha. Temos de proteger as nossas crianças e não iremos desistir desta luta”, acrescenta em agradecimento a outros advogados que se juntaram à causa.

A Meta foi acusada de violar a COPPA, entre outras leis estatais de proteção dos menores. Entre as acusações constam a criação de um modelo de negócio focado em maximizar o tempo dos utilizadores jovens nas suas plataformas. Introduzir funcionalidades psicologicamente manipulativas e prejudiciais, ao mesmo tempo que engana o público sobre a segurança das mesmas. Por publicar relatórios a mostrar dados enganosos dos baixos níveis de perigo para os utilizadores. E por haver várias evidências ligadas às plataformas sobre os perigos aos mais jovens, a Meta ignora-as e continua a fornecer os serviços.

Depois de dar entrada da ação judicial é referido que Rob Bonta vai iniciar a investigação do TikTok sobre os mesmos pontos.