A Meta vai adicionar novas medidas de proteção nas suas redes sociais, relativamente aos conteúdos e informação a que os adolescentes podem aceder.

As novas medidas vão ao encontro daquilo que as entidades reguladoras em todo o mundo têm vindo a exigir na limitação do acesso a conteúdos potencialmente prejudiciais e deverão ser aplicadas nas próximas semanas.

Segundo o explicado pela Meta, a empresa começou a ocultar mais tipos de conteúdo para adolescentes no Instagram e no Facebook, de acordo com a orientação de especialistas. Está também automaticamente a colocar todos os adolescentes nas configurações de controlo de conteúdo mais restritivas das suas redes sociais.

As mudanças visam dificultar o acesso deste público alvo a conteúdos sensíveis - como os relacionados com temas como o suicídio, automutilação e transtornos alimentares - quando usarem recursos como Pesquisar e Explorar no Instagram.

As novas medidas ajudarão a proporcionar uma experiência mais “adequada à idade”, sublinha a empresa.

A Meta está sob pressão “global”, com acusações de que as suas aplicações são viciantes e ajudaram a alimentar uma crise de saúde mental juvenil. O tempo dedicado às plataformas online, principalmente entre os mais novos, é uma preocupação para muitos e houve quem passasse do pensamento à prática, como as centenas de famílias nos Estados Unidos que processaram Google, Snap e TikTok, além da Meta pelo vício das redes sociais.

Na Europa, 2023 fechou mesmo com luz verde do Parlamento Europeu ao pedido de criação de novas regras que corrijam as atuais falhas e introduzam novas linhas legislativas para combater o design viciante das plataformas online e redes sociais. Sugere-se, por exemplo, a proibição de técnicas como o “scroll infinito” presente em redes como o Facebook e Twitter ou sistemas de reprodução automática dos vídeos. O documento aponta que as empresas devem mudar o seu foco de design de natureza económica para ética, ou seja, os produtos deixarem de ser viciantes para fins lucrativos.