
Mais de 50 por cento dos franceses admitem que descarregam da Internet, de forma ilícita, conteúdos sujeitos a direitos de autor. Destes, 37 por cento faz downloads ilegais porque acha o preço dos conteúdos demasiado elevado, 21 por cento diz que o portfólio de oferta é maior e 13 por cento fá-lo simplesmente por hábito.
Os dados constam de um estudo realizado pela Alta Autoridade para a difusão das obras e a protecção de obras na Internet (HADOPI), cujos resultados são citados pela imprensa internacional.
A análise refere também que a maioria dos "piratas" são homens (56%) e que a faixa etária mais representativa situa-se entre os 15 e os 24 anos (70%).
O organismo francês salienta que este intervalo etário terá pouca capacidade financeira para adquirir os conteúdos através dos serviços legais e que, se não fossem os sites de partilha, dificilmente os adquiririam. A Hadopi considera que a pirataria é mais lesiva para a indústria cultural na faixa entre os 25 e os 39 anos, em que, embora com mais poder de aquisição, 55 por cento fazem downloads de forma ilícita.
A música é o conteúdo mais "pirateado" na rede (57%), seguida dos vídeos (48%), das imagens (44%), das séries de televisão (38%) e dos jogos (36%), revela o estudo.
Num balanço feito recentemente, o organismo público criado para monitorizar as novas regras francesas contra a pirataria de conteúdos no mundo digital afirmou ter enviado aos internautas cerca de 70 mil alertas.
A Hadopi prepara-se agora para fazer seguir para os "piratas" reincidentes um segundo aviso de que estão a violar a lei, ao insistir no download não autorizado de ficheiros protegidos por direitos de autor.
Ainda não existe nenhum estudo oficial sobre o impacto da legislação imposta pelo Governo de Sarkozy sobre os hábitos dos franceses, mas são várias as estatísticas que indicam que os internautas daquele país estão a abandonar os sistemas P2P a favor de sites de alojamento, com a intenção de evitar as consequências da lei Hadopi.
Esta tendência inclusive terá levado a Megaupload a acusar a France Telecom de estar a limitar o tráfego no seu site.
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