A Microsoft anunciou que a partir do dia 25 de abril deixará de suportar o Twitter nas suas Campanhas Inteligentes através da gestão de multiplataforma. A partir dessa data, a sua ferramenta de gestão social de publicidade corporativa deixa de permitir o acesso à conta da rede social. Os utilizadores deixam de poder criar e gerir rascunhos ou tweets, assim como ver mensagens anteriores e interações, ou poder programar os publicações.

Esta medida é válida apenas para o Twitter, esclarecendo que outras redes sociais como o Facebook, Instagram ou LinkedIn continuam disponíveis. Na prática, as empresas que comprarem publicidade deixam de aceder às suas contas do Twitter através das ferramentas de gestão de redes sociais da Microsoft.

O bloqueio colocado pela Microsoft à rede social poderá estar relacionado com a recusa do pagamento das taxas ao Twitter de acesso à sua API. Elon Musk respondeu a esta decisão com uma ameaça de ação legal, acusando a Microsoft de utilizar os dados do Twitter ilegalmente para treinos. “É hora de ação legal”, refere num tweet de resposta.

Nessa mesma discussão foi questionada a decisão do Twitter em cobrar uma taxa dispendiosa para o acesso à API, que levará à redução de tráfego vindo de outros websites para a rede social. A questão levou a outra resposta de Elon Musk, que diz estar aberto a ideias. “Mas arrancar a base de dados do Twitter, desmonetizar (removendo publicidade) e depois vender os nossos dados a outros não é uma solução vitoriosa”.

Desde fevereiro que o Twitter passou a cobrar o acesso à sua API, considerando que o acesso básico, mais direcionado a empresas tem um custo de 100 dólares mensais por utilizador. As empresas podem “ouvir as conversas no Twitter”, ou seja, a monitorização da marca, de forma a compreender a reação dos utilizadores aos seus produtos, criar benchmarks das conversas e a perceção em torno da mesma.

De recordar que a partir de hoje, apenas através de uma subscrição paga Blue poderá ter acesso à verificação das contas, assinaladas com o marcador azul. Em países como Portugal, que têm o Euro como moeda, a mensalidade do Twitter Blue é de 11 euros, para quem usar a rede social na versão mobile. Já para quem acede à plataforma através do browser, a mensalidade é de 8 euros. Há também a possibilidade de pagar uma quota anual: 84 euros para a versão web e 114,99 euros para a versão mobile.

O serviço Blue suporta ainda outros extras para clientes empresariais e governos, que são agora identificados com selos de cores distintas, para uma diferenciação mais eficaz do tipo de utilizador que representam.